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Afinal, por que não existe um botão 'descurtir' no Facebook?

Desejo de usuários, função é descartada pela rede social; outras plataformas, como YouTube e Reddit, têm harmonia mesmo com ‘polegar para baixo’

10/02/2019 | 05h00

  •      

 Por Bruno Romani - O Estado de S. Paulo

Outdoor com símbolo do like, na sede do Facebook, chegou a virar ponto turístico

Jason Henry/The New York Times

Outdoor com símbolo do like, na sede do Facebook, chegou a virar ponto turístico

Leia mais

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Há uma década, o Facebook mudou a internet com o botão Curtir. Durante quase todo esse período, uma pergunta sempre acompanhou a ferramenta: por que não existe o botão “descurtir”?

O desejo por um botão com um joinha apontando para baixo é tão popular no inconsciente coletivo já foi usado até para espalhar vírus de computador. No começo da década, era comum encontrar na internet links maliciosos dentro da rede social que prometiam a ferramenta, mas que acabavam em infecção digital. Nem a disposição para encarar esse tipo de situação dobrou Mark Zuckerberg, fundador e presidente executivo do Facebook. 

Em 2014, o chefão da rede social se opôs a essa ideia: "Algumas pessoas já pediram por um botão de “Descurtir”, porque querem ser capazes de dizer 'isso aqui não é bom'. Não achamos que isso seja bom”, disse ele. “Não vamos criar isso, e não acredito que é necessário ter um sistema de votação para dizer se posts são bons ou ruins. Eu não acho que isso seja socialmente valioso para a comunidade". 

Para especialistas, é uma manifestação do Facebook que segue uma tendência atual: evitar tudo que é aparentemente negativo. "O Curtir é uma representação da chamada sociedade positiva, onde não há espaço para tristeza e tudo está bem", explica Luis Peres Neto, professor da ESPM.      

Veja a evolução do design do Facebook ao longo de 12 anos

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Início

Foto: Reprodução

Assim nasceu o Facebook – ou melhor, o Thefacebook.com – em 2004. Em 4 de fevereiro, o site era voltado apenas para alunos de Harvard. Meses depois, cresceu para Stanford, Columbia e Yale, e em maio de 2005 passou a suportar alunos de mais de 800 universidades nos EUA. 

Perfil de 2005

Foto: Reprodução

Em 2005, um perfil comum do Facebook mostrava muitos detalhes que você até encontra em um perfil hoje em dia, mas ainda de um jeito muito parecido com o bom e velho Orkut. 

Reforma

Foto: Reprodução

Em 2006, o Thefacebook perde o "the" e passa a ser só Facebook. Junto com a mudança de nome, o site ganha uma nova cara, com uma fonte mais legível e mais destaque para a foto do usuário. 

Mini Feed

Foto: Reprodução

Um ano depois, o Facebook ganhou uma cara mais adulta, o que incluiu a adição do Mini Feed no perfil: uma pequena timeline que mostrava as atividades do usuário diretamente em seu perfil. Pourcas semanas após a introdução do Mini Feed, o Facebook reduziu as restrições para usuários e se abriu para qualquer um com um endereço de email acima de 13 anos de idade. 

Barrinhas

Foto: Reprodução

Em meados de 2008, o Facebook mudou de cara novamente: o principal destaque eram as barrinhas que organizavam melhor o layout do site, como a barra de tarefas mais limpa no topo da página, além de colunas para separar sua atividade dos dados do seu perfil. 

No que você está pensando?

Foto: Reprodução

Em março de 2009, o Facebook lançou uma nova página inicial, que adicionou uma ferramenta de publicação: a partir daquele momento, era possível postar links, fotos e vídeos sem precisar de um clique extra, entrando no seu próprio perfil. 

Foco nas fotos

Foto: Reprodução

Em 2010, mais uma reforma: o principal destaque ficou com a barra de fotos, que apareciam no topo da página do usuário e mostravam mais sobre como ele era. 

Sem vergonha

Foto: Reprodução

Outra reforma de 2010 foi a adição do Open Graph, que permitiu que atividades de fora do Facebook aparecessem na linha do tempo. As novas postagens precisavam ser aprovadas pelo usuário, mas muitos deles não perceberam que estavam compartilhando atividades em sites como Vevo, Spotify e YouTube, mostrando que estavam ouvindo aquela música vergonhosa que você só ouve escondido no fundo do seu quarto. 

Linha do Tempo

Foto: Reprodução

Em 2011, o Facebook introduziu um novo jeito de ver perfis de usuários: a Timeline. No lugar das informações escolhidas pelos usuários, o foco agora ficava em suas atividades, em ordem cronológica. A alteração causou polêmica na época, mas hoje é bem aceita pelos mais de 1 bilhão de pessoas que usam o Facebook. 

Ampliação

Foto: Reprodução

No início de 2012, o Facebook lançou uma nova ferramenta de visualização de fotos, que mostravam imagens maiores. Os comentários e anúncios passavam a aparecer no lado direito da tela quando as fotos eram expandidas. 

Foto de capa

Foto: Reprodução

Em março de 2013, a Linha do Tempo ganhou uma atualização considerável: além de mostrar novos jeitos para apps aparecem na timeline, a alteração criou a Foto de capa e deu mais controle aos usuários para o que aparecia (ou não) em seu perfil. 

Perfil de hoje

Foto: Reprodução

E está aí um perfil dos dias de hoje. Muita mudança, né? 

Dois anos depois, quando o Facebook anunciou que ampliaria o leque de reações ao Curtir, as esperanças de que o Descurtir chegaria foram renovadas – e esmagadas. Os novos ícones – que incluem choro, risada, surpresa e o fofinho “Amei” – não tinham o dedão para baixo. O diretor de design do Facebook, Geoff Teahan, explicou que a natureza binária de “curtir” e “descurtir” não refletia a complexidade de situações que encaramos no mundo real. 

Para Fábio Malini, coordenador do Laboratório de Estudos sobre Imagem e Cibercultura, da Universidade Federal do Espírito Santo, a rede social está tentando fazer justamente o oposto, evitando a complexidade fora do mundo digital. "O ‘dislike’ opera com certa racionalidade. Julgar algo e expressar que não gostou exige racionalidade”, afirma o especialista. “O Facebook trabalha mais com aspectos emocionais. As pessoas se envolvem com certo conteúdo não pelos seus aspectos contraditórios e racionais e sim pela dimensão sentimental".

Na contramão. Apesar desses argumentos, outros serviços já tem o polegar negativo. É o caso do YouTube – e não há indícios de que um mundo sombrio digital tenha se formado. 

Na verdade, a maior parte dos vídeos, mesmo aqueles com poucas visualizações, tem mais likes do que dislikes – embora seja marcante quando vídeos de marcas recebam polegares para baixo em massa. Foi o que aconteceu quando consumidores reagiram a uma propaganda d’O Boticário que exibia um casal homossexual ou quando o primeiro trailer de um  novo jogo da série Call of Duty desagradou os fãs. 

Do outro lado do espectro, está o Reddit, serviço de fórum na internet que mantém certa aura anárquica que a rede ostentava nos anos 200. Com valor de mercado estimado em US$ 3 bilhões, o Reddit é um dos poucos lugares da web onde hoje o dedão para baixo é usado sem piedade. 

A história do Facebook em 30 fotos

  •      
Prólogo

Foto: Reprodução

Em 28 de outubro de 2003, Mark Zuckerberg lança o Facemash, um predecessor do Facebook. Usando fotos do sistema de alunos de Harvard, o site pedia aos usuários que escolhessem qual era a garota mais ‘atraente’ entre duas opções. 

Início

Foto: Divulgação

Em 4 de fevereiro de 2004, quatro estudantes de Harvard fundam uma rede social voltada para estudantes da universidade, o Thefacebook: Mark Zuckerberg, Chris Hughes, Dustin Moskowitz e o brasileiro Eduardo Saverin. 

Investimentos

Foto: NYT

Em junho de 2004, a rede social já havia se expandido para outras universidades e recebeu seu primeiro investimento, feito pelo investidor Peter Thiel. Além disso, Sean Parker (na foto), co-fundador do Napster, assume a presidência da empresa. 

Plágio

Foto: NYT

Em 2004, os ex-colegas de Mark Zuckerberg em Harvard, os irmãos Cameron e Tyler Winklevoss entram com uma ação judicial contra o Facebook, alegando que a empresa é o plágio de uma ideia dos gêmeos. A ação continuou na Justiça americana até 2011, quando os gêmeos retiraram o processo. 

1 milhão de amigos

Foto: NYT

Com Sean Parker na presidência, o Facebook conquista 1 milhão de usuários em 30 de dezembro de 2004. Meses depois, a empresa transfere sua sede para um escritório em Palo Alto, na Califórnia – e Zuckerberg abandona de vez os estudos em Harvard. 

'Não, não, não'

Foto: NYT

Em março de 2006, o Yahoo oferece US$ 1 bilhão para comprar o Facebook, mas Mark Zuckerberg rejeita a proposta. 

Feed de notícias

Foto: Reprodução

Em setembro de 2006, o Facebook lança o News Feed (Feed de Notícias, em português): uma página que se atualizava automaticamente através de um algoritmo, mostrando as novidades nas atividades dos amigos do usuário. É um conceito novo para o período – o Twitter, que trabalhava a ideia em tempo real, havia sido lançado apenas há alguns meses. 

Para menores

Foto: Reuters

Inicialmente voltado para universitários de faculdades de renome nos Estados Unidos, o Facebook se abre, em setembro de 2006, para qualquer usuário a partir dos 13 anos de idade – desde que ele tenha uma conta de email. 

Abertura

Foto: Reuters

Em 2007, buscando superar rivais como o MySpace, o Facebook abre sua plataforma de dados (API, na sigla em inglês) para desenvolvedores criarem aplicações que usem a rede social como base. Graças a isso, é possível se cadastrar em inúmeros aplicativos usando os dados de perfil do Facebook – e até mesmo jogar Candy Crush.

Microsoft

Foto: Reuters

Em outubro de 2007, a Microsoft adquire 1,4% das ações do Facebook, o que faz a empresa ser avaliada em US$ 15 bilhões. 

100 milhões de amigos

Foto: Reuters

Em agosto de 2008, o Facebook ultrapassa a marca de 100 milhões de usuários em todo o mundo. 

Tchau, Myspace

Foto: Estadão

Maior rede social do mundo até 2009, o MySpace é destronado da liderança pelo Facebook em maio daquele ano: segundo números da ComScore, a rede social atingiu 70 milhões de usuários ativos mensalmente no período, superando o antigo líder. Enquanto isso, no Brasil só se falava de Orkut. 

Fazenda Feliz

Foto: Reprodução

Lançado pela Zynga em 2010, FarmVille se torna o primeiro grande game a ser jogado dentro do Facebook. O jogo tinha um objetivo simples: o usuário assumia o papel de um fazendeiro, e tinha que gerar a maior produção possível de sua fazenda, fazendo dinheiro e amizades. 

Curtida

Foto: Reuters

Em junho de 2010, a empresa lança uma de suas marcas registradas: o botão de "Like" – aqui no Brasil, o like é chamado de curtida. Em Portugal, ele é um "gostei", e se você por acaso usa o Facebook em inglês pirata, um 'like' é simplesmente um grito de 'arrrr!', como faria o Capitão Gancho. 

A Rede Social

Foto: Reprodução

Estreia em outubro de 2010 o filme A Rede Social, que conta a história dos primeiros anos do Facebook. O filme, dirigido por David Fincher (Seven) e com roteiro de Aaron Sorkin (da série West Wing), é baseado no livro Bilionários por Acaso, do jornalista americano Ben Mezrich. O filme venceu três Oscars em 2011: melhor roteiro adaptado, melhor edição e melhor trilha sonora. Mark Zuckerberg era interpretado pelo ator americano Jesse Eisenberg. 

Avante

Foto: Reuters

Em janeiro de 2011, uma rodada de investimentos liderada pelo banco Goldman Sachs adquire 1% das ações do Facebook e avalia a empresa em US$ 50 bilhões. 

Mensageiro

Foto: Reuters

Em 9 de agosto de 2011, o Facebook lança o Facebook Messenger: inicialmente um substituto para o chat interno que havia na rede social, o Messenger se torna, nos anos seguintes, um dos principais aplicativos de troca de mensagens do mundo. Em janeiro de 2016, o aplicativo anunciou que tinha 800 milhões de usuários mensalmente ativos. 

Linha do tempo

Foto: Reprodução

Em setembro de 2011, o Facebook introduz a Linha do Tempo (Timeline), uma função que alterava os perfis dos usuários: no lugar de informações detalhadas sobre sua vida, o perfil passava a ser uma grande cronologia dos eventos e atividades deles na rede social. 

Abertura de capital

Foto: Reuters

Em 18 de maio de 2012, o Facebook realiza sua abertura de capital na bolsa de valores Nasdaq, em Nova York: com preços iniciais de US$ 38, as ações da empresa renderam a ela uma avaliação de US$ 104 bilhões, na terceira maior oferta inicial de ações da história dos Estados Unidos. 

'Bota no Insta'

Foto: NYT

Criado pelo americano Kevin Systrom e pelo brasileiro Mike Krieger, a rede social de fotografias Instagram é comprada pelo Facebook por US$ 1 bilhão em abril de 2012. 

1 bilhão de amigos

Foto: Reuters

Em outubro de 2012, a base de usuários do Facebook atinge 1 bilhão de usuários. 

Internet.org

Foto: Reuters

Em parceria com seis empresas (Samsung, Ericsson, MediaTek, Nokia, Opera e Qualcomm), Mark Zuckerberg lança o Internet.org em agosto de 2013. A intenção da organização é de trazer internet acessível para qualquer pessoa no mundo todo – no entanto, seus métodos tem sido criticados por infringir regras de neutralidade de rede em muitos países. Entenda a questão. 

Zap Zap

Foto: Reuters

Em fevereiro de 2014, o Facebook anunciou a aquisição do WhatsApp, um dos principais aplicativos de mensagem da atualidade, por US$ 21,8 bilhões (em valores atualizados). Recentemente, o aplicativo de mensagens se tornou o segundo serviço da empresa a alcançar 1 bilhão de usuários. Na foto, Jan Koum, cofundador do WhatsApp. 

Realidade virtual

Foto: Reuters

Em março de 2014, o Facebook expande seu foco de atividades ao comprar a startup Oculus, dona dos óculos de realidade virtual Oculus Rift, por US$ 2 bilhões. Em breve, o Oculus deverá ter seu lançamento comercial, e vai custar US$ 600. 

Fundação Zuckerberg

Foto: Facebook

Zuckerberg e Priscilla Chan durante o anúncio da chegada de Max, sua primeira filha

Reações

Foto: Reuters

O velho botão de curtir ganhou novos companheiros em abril de 2016: desde então, as pessoas podem reagir às publicações dos amigos com "Amei", "Haha" (risada), "Uau" (surpresa), "Triste" e "Grr" (raiva). O botão de "não curtir", porém, segue não existindo. 

Notícias Falsas

Foto: Reuters

Em 2016, o Facebook entrou na mira da política, ao ser acusado de auxiliar a disseminação de notícias falsas que influenciaram, por exemplo, no referendo que determinou a saída do Reino Unido da União Europeia, bem como na eleição de Donald Trump para a presidência dos EUA. 

2 bilhões de amigos

Foto: Reuters

Em junho de 2017, o Facebook chegou à marca de 2 bilhões de usuários, conquistando boa parte do mundo conectado. 

Feed de Notícias

Foto: Reuters

Criticado pela disseminação de notícias falsas, o Facebook decidiu reagir em janeiro de 2018: naquele mês, a empresa disse que iria alterar seu algoritmo, diminuindo o número de publicações de notícias na linha do tempo dos usuários, privilegiando a interações entre amigos. Além disso, a empresa começou a pedir que usuários votem nos veículos de comunicação nos quais mais confiam, que receberiam mais destaque na linha do tempo, bem como decidiu que notícias de escopo local teriam prioridade na exibição. As medidas, bem como esforços do Facebook para auxiliar os jornais, foram bastante criticadas. 

Cambridge Analytica

Foto: EFE

Em março de 2018, o Facebook vive possivelmente sua maior crise, graças à revelação pelo jornal inglês The Observer de que a consultoria política Cambridge Analytica, de Alexander Nix (na foto) usou ilicitamente dados de 50 milhões de usuários da rede social, obtidos por meio de um quiz psicológico. O escândalo levou a empresa a perder US$ 49 bilhões em valor de mercado em apenas dois dias e abriu uma grave crise de confiança por parte de usuários e investidores -- até mesmo o ex-funcionário da empresa Brian Acton, cocriador do WhatsApp, instigou os usuários a deletarem suas contas na rede social. 

A falta de motivação do Facebook pode ser também financeira. "Muitos “dislikes” em uma publicação pessoal desmotivariam um usuário a produzir conteúdo – especialmente aquele que não é remunerado financeiramente, mas motivado pelos likes", diz o consultor em redes sociais Alexandre Inagaki. 

Desde o ano passado, existem rumores de que a rede social testaria o botão. O mais perto que se chegou disso foi um "downvote", para notificar postagens com abusos às políticas da rede, como discurso de ódio ou violência. A própria companhia se apressou em dizer que não era um “dislike”. Dessa maneira, tudo levar a crer que joinha para baixo não será visto tão cedo – mas e aí, quantas curtidas essa ideia merece? 

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