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Airbnb e Twitter pedem manutenção da neutralidade da rede nos EUA

Em carta enviada ao governo norte-americano, empresas de tecnologia apontam que bloquear acesso ao conteúdo pode ferir a economia norte-americana

Por Agências
Atualização:
Airbnb tem sido uma das empresas mais contrárias à gestão Trump, tendo posições fortes no caso da neutralidade da rede e na crise imigratória Foto: Dado Ruvic;REUTERS

Airbnb, Twitter, Reddit, Shutterstock, Tumblr, Etsy e uma longa lista de pequenas empresas de internet entregaram nesta segunda-feira, 27, uma carta à Comissão Federal de Comunicações (FCC, na sigla em inglês) pedindo que as regras de neutralidade da rede aprovadas no governo Obama. 

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Um dos princípios básicos da internet, a neutralidade da rede pede que os dados de todos os usuários sejam tratados da mesma forma pelos provedores de conexão, sem distinção econômica ou social. Aprovadas em 2015 pela gestão Obama, as regras atuais dizem que operadoras como AT&T, Comcast e Verizon não podem, por exemplo, cobrar mais, reduzir velocidade, favorecer determinados aplicativos ou sites ou mesmo bloquear o tráfego de dados dos usuários na internet.

Sob a nova proposta, defendida por Ajit Pai, presidente da FCC desde janeiro, quando começou a gestão Trump, as operadoras terão liberdade para criar planos diferenciados para os usuários – cobrando, em um cenário hipotético, US$ 10 para quem quiser só usar redes sociais, mas US$ 30 para quem ter acesso a serviços de vídeo por streaming, como Netflix. 

Na carta, as empresas pedem ao presidente da FCC, Ajit Pai, que volte atrás em suas propostas de acabar com as regras e vote contra seu próprio plano. Para as empresas, o fim da neutralidade da rede pode gerar redução ou bloqueio do acesso dos usuários à internet, o que pode "ferir a economia norte-americana". 

"É uma regra que pode por pequenas e médias empresas em desvantagens, e prevenir que ideias inovadoras saiam do chão", declararam as empresas. Para Pai, as novas propostas removem regulações pesadas do negócio de internet. 

A FCC rebateu a carta das empresas, dizendo que elas mesmas cresceram e se aproveitaram de um ambiente em que as regras de Obama não tinham sido aprovadas. "O presidente Pai quer voltar àquele ambiente, de forma que possamos aumentar os investimentos em redes de banda-larga e conectar mais americanos", disse o porta-voz da FCC, Mark Wigfield, em um comunicado. 

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