Além de se divertir; campuseiros querem aprender e fazer contatos

Em sua nona edição, evento aproxima jovens com interesse em discutir tecnologia e ficar conectado

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Por Thiago Sawada
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WERTHER SANTANA/ESTADÃO

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Uma das primeiras a chegar na Campus Party 2016 após a abertura dos portões, Bruna Zamith, de 18 anos, chegou ao pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo, quatro horas antes da abertura oficial do evento. Estudante de engenharia da computação da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), ela quer descobrir as inovações apresentadas no evento de tecnologia e cultura digital, das quais ouve falar todo ano.

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“Eu sempre ouvi falar das inovações apresentadas todo ano na Campus Party e a minha faculdade sempre participa”, diz. Antes mesmo de adentrar o local, ela já planejava a participação no ano que vem, quando pretende apresentar um projeto na Campus Future, área reservada para estudantes de graduação apresentarem projetos inovadores e com impacto social. O espaço faz parte da programação gratuita da Campus Party.

Interessada nas tendências da área de tecnologia, Bruna faz parte dos 8 mil campuseiros que vão passar os seis dias do evento acampados para aproveitar ao máximo as palestras e oficinas. Na manhã desta terça-feira, centenas de participantes se aglomeraram na fila que atravessava a área de acampamento para se instalar nas barracas e a ocupar as bancadas de computadores – de onde o acesso às 700 horas de programação é fácil.

Adiantados. Alguns começaram a se instalar nas barracas com quase um dia de antecedência. É o caso do professor de educação física, Celso Rocha, 28 anos, que chegou à Campus Party na última segunda-feira junto com uma caravana de 88 pessoas que saiu de Maringá, no Paraná. Em sua terceira visita ao evento, ele quer aprender sobre robótica. “Muita gente acha que o evento é só para diversão, mas hoje, qualquer profissão precisa de muita tecnologia”, diz ele.

O analista de suporte Tiago Inácio, 31 anos, por outro lado, veio com um grupos de jogadores para disputar partidas do game online Battlefield. “A expectativa para este ano é maior porque a gente conseguiu trazer em torno de 80 pessoas”, diz o jogador. O grupo do qual faz parte conta com mais de cem participantes de todo o Brasil, que costumam se conhecer apenas na rede, mas a Campus é uma das poucas oportunidades de se encontrarem pessoalmente.

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Há aqueles que buscam contatos profissionais. Em sua quinta participação, o gerente de projetos Felipe Peixoto, 27 anos, resolveu comparecer ao evento deste ano com um propósito diferente de acompanhar as oficinas e palestras. “Desta vez, vim divulgar minha empresa que fabrica impressoras em 3D”, diz. Para ele, com tantas pessoas ligadas às tendências tecnológicas, o evento também é uma boa oportunidade para fazer negócios.

Veterana de nove anos de Campus Party, a fotógrafa Débora Rodrigues de Jesus, 28 anos, começou a fazer modificações no computador como um hobby, por influência do marido que trabalha com computação. Neste ano, ela se tornou mãe, mas nem por isso deixou de participar do evento. Ela trouxe o filho recém-nascido e o sobrinho para aproveitarem as atrações. “O que me faz sempre voltar são os amigos que a gente faz durante o evento. É um ponto de encontro anual.”

Perfil. De acordo com levantamento realizado pela Campus Party na edição de 2015, a maioria dos campuseiros têm idade entre 18 e 29 anos. Eles vêm de todas as partes do País, mas São Paulo é o Estado que concentrou a maior parte de participantes (46%), seguido por Minas Gerais (10%), Rio de Janeiro (9%) e Bahia (7%). É comum encontrar campuseiros também de outros países. Em 2015, havia participantes de Colômbia, Espanha, Estados Unidos e México. De acordo com a organização do evento, os dados relativos aos participantes deste ano serão divulgados somente após o fim da edição 2016, que termina no próximo domingo, 31.

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