Após confusão, WhatsApp tenta explicar de novo mudanças nos termos de uso

Quem não aceitar nova política será impedido de ligar e mandar mensagens

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Por Bruna Arimathea
Atualização:
Os novos termos de serviço e privacidade entram em vigor em 15 de maio Foto: Dado Ruvic/Reuters

Após a confusão com uma nova política de privacidade revelada em janeiro, o WhatsApp divulgou nesta quinta-feira, 18, novas diretrizes para a mudança dos termos de serviço e políticas de proteção de dados no app em todo o mundo. A empresa afirmou que um novo aviso estará disponível a partir de 25 de fevereiro, com informações para que os usuários aceitem as regras. O termo será implementado de fato em 15 de maio. 

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A iniciativa visa tornar as informações mais claras para os usuários, depois da má experiência no começo deste ano. Em janeiro, os usuários do aplicativo se depararam com uma solicitação para aceitar as novas regras: o aviso do WhatsApp dizia que os usuários que não aceitassem as novas políticas até 8 de fevereiro de 2021 não poderiam mais usar suas contas— elas ficariam congeladas.

Agora, a partir de 25 de fevereiro, o WhatsApp vai trazer as novas regras de forma mais “sutil”. Um banner no topo do app, acima das conversas, será exibido em todas as contas, gradativamente, indicando que é preciso aceitar a nova política de privacidade para continuar usufruindo do mensageiro. Um destaque também será adicionado no ‘Status’ do WhatsApp — aquele semelhante aos Stories do Instagram — para lembrar os usuários da mudança. 

Um banner no topo do app, acima das conversas, será exibido em todas as contas Foto: WhatsApp

Ainda em janeiro, o prazo final para a implementação das regras foi adiado para 15 de maio, pouco depois que os usuários começaram a migrar para outros apps, como Signal e Telegram, por conta da polêmica em torno da mudança — o ponto do novo termo que mais causou preocupação foi a obrigatoriedade de compartilhamento de dados entre o app de mensagens e o Facebook, proprietário do serviço. A intenção é que haja mais tempo para revisar a política de privacidade proposta. 

Os novos termos indicam que o WhatsApp vai permitir o compartilhamento deinformações de usuários, como número de telefone, modelo do celular e informações de contato com o Facebook. Esses dados, porém, já podiam ser acessados pela empresa desde 2016 — o contrato só vai formalizar a prática. 

Caso o usuário opte por não aceitar os novos termos de serviço, a conta não será cancelada, mas algumas funções serão bloqueadas. Nesse caso, uma pessoa que não concordar com os termos, por exemplo, vai receber ligações e mensagens normalmente, mas não vai conseguir efetuar chamadas nem conversar no chat. 

O WhatsApp decidiu implementar a nova política para estreitar principalmente as relações empresariais do app, em funções como o WhatsApp Business e a API do aplicativo — o Facebook agora vai poder gerenciar, com mais integrações, funções de conversas e respostas automáticas para grandes empresas. 

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Desde o início da polêmica, o WhatsApp reitera que a mudança não afeta a privacidade das conversas, dizendo que as mensagens continuarão privadas, protegidas por criptografia de ponta a ponta. 

*É estagiária sob supervisão do editor Bruno Romani 

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