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App de transportes WillGo chega ao Brasil querendo rivalizar com Uber

A startup indiana WillGo acaba de ser licenciada no Brasil e promete praticar preços menores que o rival Uber

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Por Matheus Mans
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O Uber não está mais sozinho no mercado de aplicativos para transporte alternativo ao táxi. A startup indiana WillGo acaba de ser licenciada para funcionar no Brasil e, de acordo com o diretor da empresa no País, Samir Gabriel da Silva, deverá começar a funcionar ainda em abril deste ano, com uma frota de mais de 4 mil veículos espalhada por capitais e cidades do interior.

A WillGo é uma plataforma indiana de transportes, com funcionamento bastante semelhante ao Uber, ao Lyft e à startup chinesa Didi Kuadi. Entretanto, os donos da plataforma WillGo licenciam o funcionamento para outros países, como se fosse uma espécie de terceirização. “O WillGo é um nome que se dá para um app indiano que já existe lá fora”, comenta Samir, sem dar detalhes. “É um modelo internacional que está sendo validado em outros países.”

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O diretor da startup, que é formado em Economia e tem no WillGo sua primeira iniciativa empreendedora, não quis dar maiores detalhes da intercionalização do tal aplicativo indiano, mas disse que, em breve, informações serão reveladas pela empresa.

Diferenciado. Para driblar esse mistério, a grande aposta da WillGo para crescer no Brasil é a flexibilidade de opções. Além de ter os já conhecidos carros sedans de luxo, a empresa também permite que o usuário escolha carros pequenos, sedans comuns, blindados e até mesmo motos, para entrega de documentos e objetos pequenos.

“A ideia é que as pessoas tenham opções”, comenta o diretor do WillGo no Brasil. Outro diferencial neste serviço – e que não existe no Uber ou nos aplicativos de táxis – é a possibilidade de “favoritar” motoristas. Ou seja, se você tem um motorista amigo, basta marcá-lo como favorito no app. A partir daí, o aplicativo dará preferência para aquele motorista escolhido se ele estiver por perto.

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Não são só os usuários que possuem, no entanto, aspectos diferentes em comparação com os outros serviços do gênero. Ao contrário do que acontece no Uber e no Lyft, onde há uma taxa fixa e mínima que os motoristas devem pagar à empresa por cada corrida, o WillGo aposta em um modelo de “diárias”.

“É cobrada apenas uma taxa de R$ 5,75 por dia para os motoristas, independentemente das viagens que eles realizarem”, comenta Samir. Vale ressaltar, no entanto, que o valor é para um pacote bianual. Ou seja: o motorista paga, na verdade, uma taxa de pouco mais de R$ 170 reais por mês, independentemente se trabalhou todos os dias ou não.

“O valor pago funciona como uma assinatura para obter a licença de uso da ferramenta durante aquele período”, diz o diretor. “O pagamento da corrida é feito por cartão de crédito e vai direto para o bolso do prestador de serviço”. No Uber, por exemplo, o valor pago por uma corrida vai para um sistema da empresa, que recolhe entre 20% e 25% do total, repassando o restante para o motorista.

Além disso, o WillGo também quer dar oportunidades para motoristas do interior. A ideia do aplicativo é estar presente em cidades fora da capital e grandes centros.

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“Acredito que vamos atingir os 4 mil motoristas rapidamente rapidamente”, comenta Samir, sem revelar o número de motoristas cadastrados até o momento. “É interessante notar, também, que mais de 80% dos motoristas cadastrados até o momento vieram do Uber”.

Legal. Questionado sobre o aspecto legal do serviço, o diretor Samir Gabriel da Silva diz que “não terão problemas nenhum com a nova legalização, já que é uma questão privada, tanto para o lado do usuários, quanto para o empreendedor.” Sobre a legalização proposta pelo prefeito de São Paulo Fernando Haddad, o executivo acredita que o modelo funcionará apenas para um “única empresa”.

Sobre o problema de relacionamento dos taxistas com os novos aplicativos, Samir acredita que não terá problemas. “Os taxistas já entenderam que a briga vai ser na melhoria de serviços”, finaliza.

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