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Campus Party faz 10 anos e mira expansão nacional

Evento de tecnologia terá quatro edições pelo País no ano que vem; para organizador, Doria deve privatizar o Anhembi

20/11/2016 | 07h00

  •      

 Por Bruno Capelas - O Estado de S.Paulo

Para Tonico Novaes, da Campus Party, há espaço para eventos no Nordeste

Sergio Castro/Estadão

Para Tonico Novaes, da Campus Party, há espaço para eventos no Nordeste

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Criado na Espanha em 1997 como um encontro de amigos para celebrar a tecnologia, a Campus Party chega à sua décima edição em São Paulo no próximo mês de janeiro. Depois de ser a “feira dos downloads” e de receber convidados como Tim Berners-Lee e Steve Wozniak, o evento quer se tornar uma plataforma nacional de tecnologia. 

“Temos 600 mil campuseiros cadastrados no Brasil. Há um potencial único a ser explorado”, diz Tonico Novaes, diretor-geral da feira no País, em entrevista ao Estado. Além da edição de Recife, realizada desde 2012, a Campus está expandindo suas fronteiras para Minas Gerais – realizada no último final de semana – e Brasília – prevista para 2017. 

“Além disso, temos novos formatos de feira: o Campus Day, com um dia de atividades, e o Campus Weekend, concentrado em um fim de semana”, explica Novaes. Segundo ele, há planos de fazer eventos menores em outras regiões do País – Nordeste e Norte estão na mira do evento. “A ideia é atrair o jovem espalhado pelo País, para que ele queira ir para São Paulo. Quando chegar lá, ele vai se sentir na Disneylândia.” A seguir, leia os principais trechos da entrevista. 

Quais são os planos para os 10 anos da Campus Party em 2017?

Vai ser uma Campus inesquecível. Lançamos uma campanha para os campuseiros escolherem os palestrantes do evento. Não vamos conseguir trazer o Elon Musk nem o Bill Gates, mas podemos realizar a logística para trazer conteúdo bacana. Outra novidade é o Campus Jobs: uma área em que as empresas patrocinadoras e startups da Campus poderão entrar em contato com o campuseiro para preencher vagas. Além disso, vamos ter uma pista de drones e uma arena de games, com torneios avançando madrugada adentro. 

Em suas primeiras edições, a Campus teve palestrantes como o criador da web Tim Berners-Lee e o fundador da Apple Steve Wozniak. Uma crítica corrente é que os palestrantes recentes não têm o mesmo peso de antes – o principal nome recente foi o Bruce Dickinson, do Iron Maiden, em 2014. Como o sr. vê isso? 

É difícil superar o que nós fizemos no passado e nós sabemos disso. Além disso, nas últimas edições, tivemos um momento diferente: o país estava desabando. Tiramos leite de pedra para deixar a feira em pé em 2016. Mas vamos trazer boas novidades para 2017: já anunciamos o grafiteiro Eduardo Kobra, por exemplo. 

A feira deu prejuízo em 2016?

Não. Perdemos um grande patrocinador e tivemos de redesenhar todo o modelo de negócios. Acabamos empatando, mas empatar é perder. Estamos reestudando o mercado: a primeira impressão dos patrocinadores é que eles querem estar com a gente. A Campus tem um público jovem, que não decide compra, mas que influencia a compra dos pais e sabe explicar a tecnologia para quem tem dinheiro no bolso. 

Há alguns anos, a Campus tem uma edição em Recife. Em 2016, houve Belo Horizonte e, no ano que vem, Brasília. Como funciona essa expansão nacional? 

Temos uma base de 600 mil campuseiros inscritos no nosso site. Só em Brasília, que terá uma Campus Party em 2017, são 40 mil pessoas. É um potencial único a ser explorado. A Campus é um evento único, que explora conhecimento, educação, networking e tendências do futuro. É um raro evento de jovens que não tem álcool. Além disso, começamos a fazer novos formatos de feira: o Campus Day, com um dia inteiro de palestras, e o Campus Weekend, que se concentra em um fim de semana. Em 2017, queremos ter quatro Campus Party pelo Brasil e uma série dos outros formatos espalhados pelo País. 

As edições locais não vão afetar a Campus de São Paulo? 

Minas Gerais tem faculdades que ficam a mais de mil quilômetros em São Paulo. São quase 20 horas de viagem de ônibus. Acho que existe potencial para fazer eventos em Minas e até mesmo no Rio de Janeiro. Queremos ir para o Sul, para o Norte e o Nordeste. Com os novos formatos, várias cidades já nos procuraram, porque acham que têm público para sustentá-los. A ideia, nas edições regionais, é dar um gosto do que é uma Campus, para fazer o cara querer ir para a edição de São Paulo. O campuseiro que chega na edição de São Paulo vai acreditar que foi para a Disneylândia. 

Em 2017, a Campus Party será no Anhembi. O apoio da Prefeitura é importante ao ceder o espaço, mas o prefeito eleito João Doria pretende privatizar o local. Como isso afeta a Campus? 

Muito pouco. O São Paulo Expo foi privatizado pelo governo do Estado recentemente. Hoje, é um sonho fazer um evento lá. Vejo com bons olhos a ideia do Doria para privatizar o Anhembi: apesar de ter vantagens, como ser perto do metrô, o espaço está defasado e precisa ser modernizado – pense no ar condicionado. E a privatização não nos afeta: a Campus está no calendário oficial da cidade e pode ser feita em outros espaços. 

O campuseiro de 2008 é muito diferente do de 2017? 

O campuseiro agora é um millenial, nasceu plugado na tecnologia. Mas, de forma ampla, o interesse ainda é o mesmo: conteúdo, networking e engajamento com os outros campuseiros. 

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  • Campus Party

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