Cansado do Zoom? Empresa cria máquina de transmissão de hologramas

Por US$ 60 mil, dispositivo permite que os usuários conversem com um holograma em tamanho real de outra pessoa

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Por Agências
Atualização:
O dispositivo é de uma empresa de Los Angeles chamadaPortl Foto: Lucy Nicholson/Reuters

Procurando uma nova maneira de se comunicar durante a pandemia? Uma empresa de Los Angeles criou máquinas do tamanho de cabines telefônicas para transmitir hologramas ao vivo para a sua sala de estar.

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O dispositivo fabricado pela Portl permite que os usuários conversem com um holograma em tamanho real de outra pessoa. As máquinas também podem ser equipadas com tecnologia para permitir a interação com hologramas gravados de figuras históricas ou parentes que faleceram.

Cada dispositivo Portl tem 2,1 metros de altura, 1,5 metro de largura e qualquer pessoa com uma câmera e um fundo branco pode enviar um holograma para a máquina, no que o presidente-executivo David Nussbaum chama de “holoportação”.

“Dizemos que, se você não pode estar lá, pode se transmitir para lá”, disse Nussbaum, que anteriormente trabalhava em uma empresa que desenvolveu os hologramas de Ronald Reagan para a biblioteca do ex-presidente e do rapper Tupac Shakur.

“Somos capazes de conectar famílias de militares que não se veem há meses, pessoas de costas opostas (dos EUA)” ou qualquer pessoa em isolamento social, acrescentou Nussbaum.

A máquina custa a partir de US$ 60 mil, um custo que Nussbaum espera que caia nos próximos três a cinco anos. A empresa também planeja um dispositivo menor com um preço mais baixo que deve ser lançado no início do próximo ano.

Os dispositivos podem ser equipados com tecnologia de inteligência artificial da empresa StoryFile, com sede em Los Angeles, para produzir gravações de hologramas que podem ser arquivadas. Acrescentar isso ao dispositivo atual eleva o preço a pelo menos US$ 85 mil.

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As empresas estão promovendo a máquina para museus, que podem permitir que os frequentadores conversem com hologramas de uma figura histórica, e que famílias guardem mensagens para gerações futuras.

“(Você) sente a presença deles, vê a linguagem corporal, vê todos os sinais não verbais”, disse a presidente-executiva da StoryFile Heather Smith.

“Você sente que realmente conversou com esse indivíduo, mesmo que ele não esteja lá”.

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