PUBLICIDADE

China fecha acesso livre à internet em hotéis internacionais

Lobbies de hotéis eram um dos poucos lugares no país em que era possível acessar sites como Facebook e Twitter

Por Agências
Atualização:
Homem tenta usar internet na frente do Hotel Intercontinental em Pequim, na China Foto: Reuters/Thomas Peter

Na China, as luxuosas recepções de hotéis internacionais tem sido um dos poucos lugares para encontrar brechas no "Great Firewall", um sistema sofisticado que impede o acesso de usuários online a conteúdos bloqueados, como sites de notícias estrangeiros e redes sociais como Facebook e Twitter.Agora, porém, essa pequena janela no sistema pode ser fechada também, à medida que Pequim intensifica o controle sobre o seu espaço cibernético doméstico. 

PUBLICIDADE

Para especialistas, o governo chinês está imitando na internet os controles de fronteira do mundo real e sujeito às mesmas leis que Estados soberanos.

Os órgãos reguladores alertaram empresas provedoras de redes de internet para hotéis a pararem de oferecer, ou de ajudar a instalar, redes privadas virtuais (VPNs, na sigla em inglês) nos sistemas hoteleiros - ferramentas que permitem aos usuários escapar, pelo menos parcialmente, dos sensores de internet na China.

"Estamos no meio da tempestade agora, como o governo reprimindo ferozmente as VPNs", disse Lin Wei, especialista em segurança de rede da Qihoo 360 Technology.

Hóspedes no InterContinental ainda podem acessar o Google e o Gmail, ambos ferramentas da Alphabet, mas o Facebook, Twitter e YouTube foram bloqueados pelo governo chinês.

O Ministério de Indústria e Tecnologia da Informação da China, que supervisiona as regulamentações de VPNs, não respondeu aos pedidos de comentários.

Conforme a vigilância aumenta ainda mais sobre o acesso ao conteúdo online proibidos, Pequim fechou recentemente dúzias de VPNs no país, provedores estrangeiros viram ataques contínuos em seus serviços, o aplicativo de mensagens WhatsApp foi bloqueado e as empresas de telecomunicações foram instadas a ampliar o controle estatal da internet doméstica.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.