Corpo de John McAfee permanece em necrotério um ano após a sua morte

Disputa legal entre a família do empresário e autoridades espanholas travam o translado dos restos mortais

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Por Agências
Atualização:
Corpo de McAfee segue em necrotério espanhol Foto: Jorge Dan Lopez/Reuters

O corpo de John McAfee, pioneiro do software antivírus, permanece em um necrotério espanhol um ano após a sua morte, enquanto sua família trava uma disputa jurídica para que uma nova autópsia seja realizada - a informação foi confirmada por autoridades e pelo advogado da família. 

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Em 23 de junho do ano passado, McAfee, que lançou em 1987 o primeiro programa antivírus comercial da história, foi encontrado morto em sua cela horas após uma alta corte espanhola autorizar sua extradição aos EUA por acusações de evasão fiscal. 

O veterano estava preso na região de Barcelona havia 8 meses após anos tentando fugir de autoridades americanas. A autópsia determinou que ele se suicidou - e autoridades prisionais afirmaram que ele havia tentando se matar quatro meses antes. Pouco após a morte, a viúva de McAfee afirmou que ele não tinha comportamento suicida e que ela procuraria "respostas".

"É difícil achar palavras para descrever como foi a vida no último ano", tuitou Janice McAfee na quinta, 23. Ele convidada as pessoas a participar de um abaixo-assinado para pressionar as autoridades espanholas a liberar o corpo. A campanha, assinada por 1.365 pessoas até o momento, exige uma autópsia independente para determinar se a causa da morte divulgada oficialmente pode ser questionada ou investigada de maneira independente. 

A família de McAfee considerou a autópsia original incompleta e pediu análise extra, que foi negada por um magitrado local, afirmou Javier Villalba, advogado de  McAfee. A família apelou da decisão e um novo magistrado ordenou que o corpo não fosse devolvida à família até que o mérito fosse julgado. O sistema de justiça da Catalunha não respondeu à reportagem. 

O corpo permanece no mesmo necrotério em Barcelona onde a autópsia foi realizada, disseram autoridades. Eles chamaram a atenção para o fato de que é incomum que corpos identificados permaneçam por tanto tempo armazenados.  

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