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Criador do Termo quer o jogo aberto, mas não descarta venda

Ao ‘Estadão’, Fernando Serboncini diz esperar que sua criação continue ao alcance da web de graça

06/02/2022 | 05h00

  •      

 Por Bruna Arimathea - O Estado de S. Paulo

Fernando Serboncini é gerente de engenharia do Google e levou pouco menos de uma semana para criar versão em português do Wordle

Fernando Serboncini/Arquivo pessoal

Fernando Serboncini é gerente de engenharia do Google e levou pouco menos de uma semana para criar versão em português do Wordle

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Em meio a um mar de quadradinhos verdes, amarelos e cinzas, Fernando Serboncini, gerente de engenharia do Google, entendeu que o Wordle, criado originalmente em inglês, poderia romper as barreiras do seu idioma e ganhar uma versão para a língua portuguesa. Foi durante as férias, em sua casa em Montreal, no Canadá, onde mora e trabalha, que o engenheiro lançou o Termo, jogo semelhante à versão americana.

Embora Serboncini diga que não tinha intenção de viralizar, não foi isso o que aconteceu. Com mais de 400 mil acessos diários, o Termo foi para as redes sociais antes mesmo do seu criador preparar o site para os seguidores no Twitter: “quando eu publiquei a primeira coisa sobre o jogo, já tinham muitos tuítes falando sobre o Termo. Cheguei atrasado”, brinca, em entrevista ao Estadão. 

Agora, após a compra do irmão americano pela divisão de games do jornal The New York Times, Serboncini fala sobre o futuro do jogo no Brasil e as diferenças que a versão em português pode guardar para os usuários por aqui. Confira trechos da entrevista:

Porque decidiu criar a versão em português do Wordle?

Normalmente, jogos de palavras têm muitos problemas de design e esse é bem feitinho. Sempre penso que esses jogos podem ter uma versão em português. Um dos motivos, que sempre é um obstáculo para os programadores, é que não existe um dicionário “aberto” de língua portuguesa para ser usado como base desses games. Você pode comprar, pedir uma licença, mas é burocrático e caro, então as pessoas não fazem. Quando eu vi o Wordle, pensei que nesse formato era relativamente possível. Eu estava de férias e passei uns dias produzindo um código para gerar uma lista de palavras mais ou menos razoável. Fiz por diversão mesmo e deu certo.

O Termo está aberto na web, diferente de outros jogos ou plataformas que se hospedam em aplicativos. Foi proposital?

Eu trabalho com internet há muito tempo e lembro quando não existiam redes de aplicativos. Tinha uma coisa sobre a forma de distribuição na internet, os sites eram independentes, as pessoas entravam e era aquilo. De lá para cá, a gente viu essa centralização, com grandes empresas. A mesma coisa no celular, com as lojas de aplicativo. Essa centralização não é tão legal, pois você cria intermediários. Os apps que você tem no celular são os que as empresas de sistema operacional aceitam que você tenha no celular. Tem motivos técnicos, não é um plano secreto de maldade. Mas não é necessariamente bom. Eu não penso de jeito nenhum em transformar o Termo em um aplicativo. Se depender de mim, vai ficar no site. 

Você pensou em adaptações ao Wordle quando ‘traduziu’ para o português?

Uma das coisas importantes, quando eu parei pra fazer o Termo, olhando o que o Josh (criador do Wordle) já tinha feito, era observar algumas coisas e entender como entregar o jogo. No começo, até meu irmão me xingava: “como assim uma palavra só por dia? Isso é estúpido”. Isso não é por acaso e eu quis seguir o formato. Outras pessoas me perguntaram se o jogo ia ter notificação. Eu não queria colocar. É um inferno. Se as pessoas esquecerem, acontece, não quero adicionar essas características. É importante essa relação ser mais honesta, mais calma.

Nos EUA, o Wordle foi vendido para o ‘New York Times’ e pode fazer parte de um aplicativo por assinatura paga. Como você vê o movimento?

Vi muita gente reclamando. Mas eu acho que as pessoas não têm muita dimensão do que é cuidar de um site, mesmo pequeno. Qualquer serviço que você utilizar na internet, se você tem 1 milhão de acessos por mês, é considerado uma atividade empresarial – é o que o Termo teve em dois dias, praticamente. Na primeira semana, eu tive que correr pra tirar o site do serviço de hospedagem porque o plano estava considerando o número de acessos alto. Um site com 500 mil acessos provavelmente tem uma equipe de trabalho o dia inteiro. Então, é difícil para as pessoas terem essa noção da quantidade de trabalho. Eu entendo completamente o que o Wordle fez. 

O Termo pode ter o mesmo destino no Brasil?

Eu não estou procurando, mas não sou nem contra nem a favor (de vender). Não é uma coisa que necessariamente eu estou atrás. Não vou transformá-lo em app e não vou colocar anúncio. Mas, eventualmente, se fizer sentido fazer parte de alguma outra coisa, para que o Termo não seja cuidado apenas por mim nas minhas horas vagas, talvez seja interessante. Mas realmente tem que fazer sentido.

 

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