Após o recuo de Elon Musk para assumir uma cadeira no conselho do Twitter, investidores americanos acionaram na Justiça o CEO da Tesla e da SpaceX. A acusação é de que o homem mais rico do mundo fraudou a aquisição de ações da rede social.
Segundo a legislação dos EUA, quando um comprador adquire 5% das ações de uma empresa, ele deve divulgar a transação em até 10 dias. Como mostram documentos revelados pelo próprio Musk, ele comprou 5% dos papéis em 14 de Março, o que lhe dava prazo até 24 de março para revelar compra.
Porém, foi só em 4 de Abril que o empresário veio a público para dizer que havia adquirido 9,2% das ações. Com a demora, os investidores acusam Musk de prejudicá-los: ao não revelar a compra, Musk manteve as ações desvalorizadas, o que lhe permitiu comprar por um preço mais baixo os outros 4,2%.
Marc Bain Rasella, acionista do Twitter que encabeça a ação, afirma no processo que no dia da aquisição, o valor das ações subiram para US$ 49,97 —até então, elas custavam US$ 39,31. A demora teria feito com que Musk continuasse comprando ações por baixo preço, e economizando cerca de US$ 156 milhões, segundo o jornal Washington Post.
Rasella também afirma que milhões de ações da rede social foram vendidas durante as duas semanas que antecederam o anúncio de Musk, e pede no processo que ele pague indenizações compensatórias e punitivas, incluindo os juros e as despesas legais.
Musk ainda não se manifestou sobre o processo.