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‘Em Tóquio 2020, atletas viram nas redes sociais como se aproximar da audiência’, diz especialista

Instagram e TikTok podem ser ferramenta não só para gerar visibilidade, mas também para ganhar suporte financeiro

08/08/2021 | 05h00

  •      

 Por Guilherme Guerra - O Estado de S. Paulo

Atletas tornaram-se influenciadores e criadores de conteúdo na Olimpíada de 2020

Mike Blake/Reuters - 29/07/2021

Atletas tornaram-se influenciadores e criadores de conteúdo na Olimpíada de 2020

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Na Olimpíada de Tóquio 2020, quando a pandemia de covid-19 esvaziou estádios e encheu as plataformas digitais de usuários sedentos por conteúdo, os atletas descobriram a própria “potência” para além da expertise em esportes: eles podem ser influenciadores e criadores de conteúdo nas plataformas digitais, explica a publicitária Julia Leão, diretora de comunidades estratégicas da startup de marketing de influência Squid. 

“Os atletas entenderam a grande potência que eles tinham e eles viram nas redes sociais como se aproximar da audiência. E existe uma grande oportunidade de ter benefício financeiro com essa exposição digital”, explica Julia, que trabalhou na Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016, no departamento de marketing da organização. “Para quem é atleta, é difícil encontrar patrocinadores e o nosso País ainda vive o contexto de pouco investimento nos esportes para além do futebol.”

Cada atleta seguiu um caminho próprio. Uns apostaram em expor a rotina na Vila Olímpica, como se fossem influenciadores de Instagram, enquanto outros produziram conteúdos elaborados para o Tiktok. E há, é claro, aqueles que transitam entre os dois mundos, como a skatista Rayssa Leal, a “Fadinha”.

“A “Fadinha” do skate é uma criadora de conteúdo que influencia a audiência, o contexto e as marcas”, explica Julia, acrescentando que a garota, de 13 anos, usa o aplicativo chinês TikTok com naturalidade, assim como outros da geração Z (nascidos a partir dos anos 2000). “A geração da Fadinha está nessas plataformas, é natural para eles. Tanto que ela dança na pista de skate, não é que ela faz algo para produzir conteúdo que não é a vivência dela. A Rayssa apenas transpõe isso para uma plataforma digital.”

Abaixo, leia trechos da entrevista.

O que as redes sociais acrescentaram às Olimpíadas de 2020?

A grande diferença de 2016 para hoje é que, lá, fizemos esses bastidores e rotinas pela interpretação dos influenciadores, e não dos atletas, que não estavam muito “vivos” no digital. Passados esses 4 anos, a nossa percepção é que, por conta de as pessoas ficarem mais em casa, todo mundo consumiu mais conteúdo nas mídias sociais. Os próprios atletas também se tornaram esses consumidores e houve uma interação do atleta com a comunidade.

A publicitária Julia Leão é diretora de comunidades estratégicas na Squid

Divulgação/Squid

A publicitária Julia Leão é diretora de comunidades estratégicas na Squid

Isso é impacto da pandemia?

Houve uma exacerbação do volume e do consumo de conteúdo de esporte. Isso é muito rico, porque conseguimos desmistificar a vida do atleta. Para quem é atleta, é difícil encontrar patrocinadores e o nosso País ainda vive o contexto de pouco investimento nos esportes para além do futebol. Os atletas entenderam a grande potência que eles tinham e eles viram nas redes sociais como se aproximar da audiência. E existe uma grande oportunidade de ter benefício financeiro com essa exposição digital

O que novas plataformas como Instagram e TikTok trouxeram de novidade?

O Instagram é uma plataforma voyeur e é a televisão diária para ver o dia a dia do atleta. O TikTok, diferente dos Stories, do Instagram, é um entretenimento no qual você produz conteúdo escalável e compartilhável. É um YouTube mais célere e mais compartilhável – tanto que os conteúdos do TikTok são compartilhados no Instagram. É uma plataforma para a geração de conteúdo de entretenimento. No TikTok, produz-se conteúdo, e não se fala do dia a dia. Existe uma distinção entre criador de conteúdo e influenciador nessas plataformas. O atleta não é criador de conteúdo, e sim influenciador. Ele pode vir a ser um criador de conteúdo, que coloca energia na criação de roteiro, de edição, enquanto o influenciador conta a história dele nos “bastidores”.

A Rayssa Leal, de 13 anos, é um caso de criadora de conteúdo e influenciadora?

A “Fadinha” do skate é uma criadora de conteúdo que influencia a audiência, o contexto e as marcas. E ela é da geração Z, que foi pioneira no TikTok por fazer dublagens. A geração da Fadinha é uma geração que está nessas plataformas, é natural para eles. Tanto que ela dança na pista de skate, não é que ela faz algo para produzir conteúdo que não é a vivência dela. Ela é essa pessoa. A Rayssa apenas transpõe isso para uma plataforma digital.

Essas mudanças vão continuar na Olimpíada de Paris, em 2024?

Vamos ter muitas oportunidades na criação de conteúdo. Pode ser que a gente tenha massagistas que vão ser nossos olhos nos bastidores dos Jogos. Ainda não é possível afirmar que existe uma mudança com os atletas em específico, mas é possível cravar que houve uma mudança no mundo na forma de consumo de conteúdo. O impacto vem a partir da pandemia. As Olimpíadas entraram nesse pacote, assim como o BBB. Em 2024, vamos ver mais comunidades no meio digital. Isto é, existe não só a audiência que segue aquele influenciador, mas uma audiência que realmente interage. Vai ser uma comunidade específica de pessoas que seguem atletas, por exemplo. É um oceano imenso que ainda não desbravamos no segmento do esporte. Eu vejo uma amplificação da potência que é o entretenimento do esporte.

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  • Instagram
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  • Rayssa Leal
  • marketing
  • rede social
  • Olimpíada 2020 Tóquio

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