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Empresas de tecnologia vão ao Senado dos EUA pedir lei federal de proteção de dados

Representantes da Amazon, Google e Apple querem ajudar na construção de uma lei que determinará como vão coletar e usar dados de usuários

Por Agências
Atualização:
Representantes de empresas de tecnologia, como Andrew DeVore, da Amazon, discutiram com senadores sobre criação de lei federal de privacidade Foto: Joshua Roberts/Reuters

Em sessão especial realizada nesta quarta-feira, 26, no Senado americano, executivos das principais empresas de tecnologia e parlamentares republicanos declararam que estão discutindo a criação de um projeto de lei federal de proteção de dados pessoais nos Estados Unidos. Esta foi a primeira vez que as empresas e senadores falaram oficialmente sobre a proposta, que poderá beneficiar diretamente as companhias de tecnologia. A ideia também conta com o apoio de representantes do governo de Donald Trump.

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O presidente do Comitê de Comércio, o senador republicano John Thune, confirmou que está trabalhando em uma proposta de lei federal em sinergia com as empresas, mas descartou a votação ainda neste ano.

Representantes de Amazon, Google, Apple, AT&T, Charter Communications e Twitter disseram aos senadores que, caso participassem do processo de construção da lei, apoiariam uma proposta que garante aos usuários americanos o controle de seus dados.

Já os democratas exigem que a lei federal tenha cláusulas mais duras. O senador Brian Schatz disse que a legislação não pode servir de escape para as empresas de tecnologia, contrárias às leis estaduais de privacidade. 

O parlamentar se referia à lei de privacidade da Califórnia, que dará aos usuários o direito de saber quais informações as empresas irão coletar sobre eles, por qual motivo e também a intenção de uso dos dados. Empresas como Google e Amazon se opuseram à legislação, que entra em vigor em 2020. 

Críticas. Andrew DeVore, vice-presidente da Amazon, disse que a lei da Califórnia é ruim porque foi redigida às pressas. “O resultado é confuso, difícil de cumprir e pode minar práticas importantes de proteção à privacidade”, disse.

Os esforços das empresas de tecnologia em criar uma lei federal ganharam força nos últimos meses, depois de o Estado da Califórnia e a União Europeia avançarem em suas regras de proteção de dados. 

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Em maio, Joel Kaplan, principal lobista do Facebook, havia advertido que as restrições da Califórnia representam uma ameaça ao modelo de negócio das empresas de tecnologia. Desde então, companhias se uniram para propor uma nova e lei, com o intuito de anular regras estaduais.

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