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Fabricante de guitarras Fender lança aplicativo de aulas online

De acordo com empresa, Fender Play deve reduzir o número de pessoas que desistem de aprender a tocar o instrumento musical

Por Agências
Atualização:
Fender Play é a esperança da empresa para conquistar novas receitas Foto: Fender

A Fender Musical Instruments, cujas guitarras elétricas foram usadas por artistas como Jimi Hendrix e a banda Nirvana, está se transformando. A empresa anunciou nesta quinta-feira, 6, o lançamento do Fender Play, um aplicativo desenvolvido pela própria companhia para ensinar músicos iniciantes a tocar o instrumento musical, diminuindo a taxa de desistência entre eles.

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Com o Fender Play, a empresa de Scottsdale, no Arizona, espera reduzir gradativamente o número de desistências entre aspirantes a guitarristas. De acordo com o diretor-executivo Andy Mooney, um veterano da Nike e da Disney, 45% das guitarras da empresa são vendidas para iniciantes, mas que 90% deles abandonam o instrumento dentro de um ano e jamais se tornam clientes frequentes.

Já em funcionamento em inglês, o Fender Play cobra US$ 20 ao mês e consiste em uma série de vídeo-aulas que pressupõe desconhecimento do assunto. Mooney disse que seu modelo foi o Lynda, a plataforma de aprendizagem online adquirida pelo LinkedIn por US$ 1,5 bilhão e que desafiou as expectativas de que não conseguiria competir com os vídeos gratuitos da internet.

"Os 10% que vão além do primeiro ano possuem uma média de sete guitarras", afirma Mooney em entrevista coletiva concedida durante o lançamento do aplicativo. "Quando reunimos os dados e analisamos os fatos, nós dissemos 'ah meu Deus, se simplesmente reduzíssemos o índice de desistência mesmo em 10%, talvez pudéssemos dobrar o tamanho da indústria."

De acordo com números divulgados pela revista norte-americana The Music Trades, toda a indústria de instrumentos musicais cresceu apenas 9% nos últimos cinco anos, vendendo US$ 7,1 bilhões em lojas no varejo. O número fica abaixo do pico de lucro deste segmento da indústria, que chegou a vender mais de US$ 7,7 bilhões no comércio varejistas apenas em 2005.

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