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Facebook e Google são 'bens públicos' e devem ser tratados como tal, diz Obama

Em conferência no MIT, ex-presidente americano disse que gigantes da internet moldam comportamento atual e precisam ser discutidos além de seu aspecto comercial

27/02/2018 | 14h40

  •      

 Por Redação Link - O Estado de S. Paulo

O ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama

Yuri Gripas/ Reuters

O ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama

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O ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama é mais uma voz a se levantar para discutir a forma como Facebook e Google estão influenciando dramaticamente a política de hoje – seguindo-se a nomes como Rupert Murdoch, da Fox, e Jeff Zucker, presidente da CNN. 

Em conferência no MIT realizada na sexta-feira passada, 23, mas com áudio divulgado apenas nesta terça-feira, 27, Obama defendeu que "Google e Facebook precisam passar por uma discussão pública sobre seus modelos de negócios, que reconheça que eles não são só um negócio, mas também um bem público."

Em sua fala, Obama descreveu as atividades das duas empresas como um duopólio – juntas, hoje as companhias dominam 84% do mercado global de publicidade digital, exceto a China, de acordo com dados da consultoria Group M. 

Segundo o ex-presidente, as duas empresas estão permitindo que cada pessoa entenda sua realidade de forma alternativa, o que pode ser prejudicial para a sociedade. "Eles não são uma plataforma invísivel, estão modelando nossa cultura e comportamento de inúmeras formas." 

Para o democrata, é preciso que se gere na sociedade uma discussão séria sobre "modelos de negócios, algoritmos e mecanismos dessas empresas, em uma pauta que não foque apenas no aspecto comercial." 

O político, no entanto, não disse explicitamente que quer mais regulação para as gigantes da internet – e que se opõe à regulamentação pesada feita na China, por exemplo. Apesar disso, levantou a hipótese de que a ideia de que as redes sociais "são só uma ferramenta" é ruim. "O Estado Islâmico ou neonazistas podem usar essa ferramenta", afirmou. 

Desde o final de 2016, o Facebook tem sido criticado constantemente pelas estratégias adotadas para conter o fenômeno das notícias falsas, que tomaram a rede social nos últimos anos e influenciaram as eleições americanas que levaram à vitória de Donald Trump.

Em janeiro, o Facebook anunciou uma mudança em seu algoritmo, dando prioridade para publicações de amigos no lugar de páginas e veículos de imprensa como forma de combater as notícias falsas e deixar a rede mais agradável para os usuários. Para muitos especialistas, porém, algumas das medidas podem ter efeito contrário ao desejado, impulsionando ainda mais a circulação de informações inverídicas na rede social.

Notícias. O ex-presidente americano discorreu sobre diversos tópicos em sua apresentação além da importância das gigantes de internet. Outro tema bastante polêmico abordado por Obama foi como a cobertura da imprensa parece distanciada de veículo para veículo, a ponto da fronteira entre notícia e opinião ser tênue em algumas organizações de mídia. 

"Pense no que você vê na Fox News ou lê no The New York Times", disse Obama. "Se você olhar para os dois lados, vai perceber que eles não descrevem as mesmas coisas. Em alguns casos, eles nem sequer falam dos mesmos assuntos." Para o político, essa rachadura na imprensa tem sido amplificada pelas empresas de tecnologia. 

A conferência realizada por Obama foi feita a portas fechadas no MIT, sem cobertura da imprensa, mas o áudio do discurso do ex-presidente foi publicado pelo site liberal Reason. Para ouvi-lo, basta acessar o link.

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  • Barack Obama
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