Um agente do FBI deu um conselho para os turistas que vão acompanhar a Copa do Mundo na Rússia, que começa nesta quinta-feira, 14: deixem seus celulares e laptops em casa. O alerta leva em conta o risco de ataques hackers na Rússia, seja por cibercriminosos ou pelo próprio governo.
William Evanina, agente do FBI e diretor do Centro Nacional de Contra-Inteligência e Segurança dos EUA, afirmou em um comunicado à agência de notícias Reuters que quaisquer informações presentes em dispositivos eletrônicos estão vulneráveis. A especialista alerta ainda que as autoridades corporativas e governamentais não são as únicas que precisam tomar cuidado. “Não parta do princípio que você é insignificante demais para ser atingido”, disse.
Se o turista depender demais do aparelho e precisar levá-lo à viagem, Evanina orienta o uso de um dispositivo diferente, que não seja o pessoal usado regularmente, e recomenda que o turista remova a bateria quando não estiver usando o aparelho.
Cuidado. O FBI não foi o único a alertar sobre a ameaça. Autoridades britânicas também aconselharam os seus cidadãos a não levarem celulares e outros dispositivos eletrônicos para a Rússia. Em comunicado, o Centro Nacional de Cibersegurança britânico disse em que estava “disponibilizando conselhos de especialistas em cibersegurança para a Associação de Futebol britânica antes de sua partida para a Copa do Mundo da Rússia”.
As agências norte-americanas já emitiram alertas semelhantes a esse antes de grandes eventos esportivos, como nos Jogos Olímpicos de Inverno na Coreia do Sul, que aconteceu no mês de fevereiro deste ano.
A precaução é baseada nas acusações que hackers russos já sofreram, relacionadas a ataques cibernéticos. No mês passado, o FBI detectou um malware que registrava informação dos usuários em roteadores domésticos, supostamente introduzido por hackers russos. A autoridade recomendou que os americanos reiniciassem os roteadores.
Além disso, a inteligência americana, autoridades policiais e parlamentares ainda investigam os ataques cibernéticos russos na eleição presidencial de 2016.