Funcionários do Google trocam trabalho por protesto contra veto de Trump

Manifestações aconteceram em diversas sedes da empresa ao redor do mundo, com participação de 2 mil pessoas, incluindo o presidente Sundar Pichai e o co-fundador Sergey Brin

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Por Redação Link
Atualização:
Funcionários do Google protestam na Califórnia Foto: Reprodução/Twitter/Ruben Santa

Mais de 2 mil funcionários do Google tiveram uma rotina diferente nesta segunda-feira, 30: em diversas sedes da empresa ao redor do mundo, os empregados deixaram suas mesas e foram pra frente dos escritórios protestar contra o veto de imigração ordenado pelo presidente dos EUA Donald Trump na última sexta-feira. 

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Com a hashtag #GooglersUnite, os empregados publicaram fotos e vídeos das manifestações nas redes sociais – a principal delas aconteceu na sede da empresa, em Mountain View, na Califórnia. 

Organizado pelos funcionários, mas apoiado pela própria corporação, o evento teve a participação do presidente executivo Sundar Pichai, que é indiano, e do co-fundador do Google Sergey Brin, que é descendente de imigrantes russos. "A luta continua", disse Pichai a um repórter do The New York Times. Já Brin disse a seus empregados que "este é um deabte sobre direitos fundamentais". 

Além da manifestação, os funcionários do Google também doaram mais de US$ 2 milhões a um fundo de crise que vai redirecionar recursos para ONGs que apoiam refugiados. 

Oposição. O setor de tecnologia tem liderado a oposição ao veto imigratório anunciado na semana passada – viajantes de Somália, Líbia, Sudão, Irã, Iraque, Iêmen e Síria não podem entrar no País. Os motivos são claros: trata-se de uma indústria que depende do talento ao redor do mundo, e muitos dos empregados dessas empresas vem desses países. Só o Google tem 200 funcionários afetados pela medida. 

Entre as reações adotadas, empresas como Uber e Lyft já fizerma doações a organizações que apoiam imigrantes, como União Americana dos Direitos Civis (ACLU, em inglês), enquanto o Airbnb ofereceu hospedagem gratuita a qualquer viajante desses países que não puder entrar nos Estados Unidos. Segundo a administração de Trump, as regras vão aumentar a segurança nacional.