Gigantes de tecnologia fazem defesa da neutralidade da rede nos EUA

Administração Trump quer flexibilizar regras de princípio básico da internet; para empresas como Facebook e Google, mudanças podem afetar inovação e liberdade na rede

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Por Agências
Atualização:
Ajit Pai, presidente da FCC, durante discurso na Mobile World Congress 2017 Foto: Lluis Gene/AFP

Um grupo representando importantes empresas de tecnologia, incluindo Google, Microsoft e Facebook, pediu à Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos (FCC, na sigla em inglês) para descartar o projeto que pretende reverter as regras do marco de 2015 que impedem provedores de internet de bloquear ou reduzir o acesso de usuários ao conteúdo online.

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A Associação da Internet disse em sua apresentação à FCC que derrubar a regulamentação de neutralidade da rede "criará significativas incertezas no mercado e perturbará o cuidadoso equilíbrio que levou ao atual ciclo virtuoso de inovação no ecossistema de banda larga".

A alteração irá prejudicar os usuários, disse o grupo que também representa Amazon, Netflix, Twitter e Snap.

Em maio, a FCC votou pela continuidade do projeto de Ajit Pai, líder republicano da Comissão, para reverter a classificação de provedores de serviço de internet como serviços públicos, aprovada por Barack Obama, argumentando que a decisão do ex-presidente norte-americano foi desnecessária e prejudica empregos e investimentos.

Pai perguntou se a Comissão tem autoridade ou se deveria manter suas regras que impedem as empresas de bloquear ou acelerar alguns sites, conhecidos como prioridades pagas.

Os provedores disseram que apoiam a regulamentação da internet aberta e nesta segunda-feira farão comentários separadamente no projeto. Mas alguns disseram que a priorização paga faz sentido em alguns casos, citando os carros autônomos e informações médicas.

Mas de 8,3 milhões de comentários públicos foram registrados na proposta. Na semana passada, os gigantes de tecnologia participaram de uma campanha online que pedia a participação popular no caso.

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Pai será questionado na próxima quarta-feira, 19, sobre o assunto em uma audiência no Senado norte-americano. 

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