Google é alvo de processos no EUA por enganar usuários sobre privacidade

A empresa vira alvo de investigação por violações de privacidade de seus usuários

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Por Redação Link
Atualização:
Google vira alvo de investigações sobre privacidad de usuários Foto: Shannon Stapleton / Reuters

O Estado norte-americano do Texas e o distrito de Columbia processaram nesta segunda-feira o Google, da Alphabet, por práticas enganosas de rastreamento de localização.

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Dois outros procuradores-gerais estaduais planejam entrar com ações judiciais, como parte do esforço para responsabilizar o Google por violações de privacidade, disse o gabinete do procurador-geral em Washington, D.C., Karl Racine, em comunicado.

"O Google falsamente levou os consumidores a acreditarem que alterar suas configurações de conta e dispositivo permitiria a proteção de privacidade e controle de quais dados pessoais a empresa poderia acessar", disse Racine. "A verdade é que, ao contrário das declarações do Google, a empresa continua a vigiar sistematicamente os clientes e lucrar com os dados dos consumidores."

“As informações deturpadas apresentadas pelo Google são uma clara violação da privacidade dos consumidores”, acrescentou.

O porta-voz do Google Jose Castaneda disse: “os procuradores abriram o caso com base em alegações imprecisas e afirmações desatualizadas sobre nossas configurações. Sempre incluímos recursos de privacidade em nossos produtos e fornecemos controles robustos para dados de localização. Nos defenderemos vigorosamente e esclareceremos os fatos."

O procurador-geral do Texas, Ken Paxton, alegou que o Google enganou os consumidores ao continuar rastreando a localização, mesmo quando os usuários tentavam impedir isso.

“O Google tem uma configuração de histórico de localização e diz aos usuários que, caso a ferramenta seja desativada, os lugares que você vai não serão mais armazenados", disse Paxton. O Google "continua rastreando a localização dos usuários por meio de outras configurações e métodos que não divulga adequadamente", afirmou ele.

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Em maio de 2020, o Arizona processou o Google por sua coleta de dados de localização dos usuários. O caso está pendente na justiça norte-americana.

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