Governo dos EUA acusa norte-coreanos de ataque à Sony e WannaCry
Servidores da empresa japonesa foram atacados em 2014, após filme que gozava da imagem de Kim Jong-un; já o WannaCry foi um ataque global que afetou milhares de PCs no ano passado
06/09/2018 | 14h45
Por Agências - Reuters
Tela do WannaCry, ataque cibernético que afetou mais de 300 mil computadores no final de maio
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O Departamento de Justiça dos Estados Unidos acusou nesta quinta-feira, 6, um homem norte-coreano de ser o responsável pela invasão aos sistemas da Sony, em 2014, e pelo ataque global WannaCry, que afetou milhares de computadores em 2017. As acusações são parte de uma estratégia do governo americano para deter futuros ciberataques.
A acusação também sustenta que o hacker, Park Jin Hyok, era parte de um time chamado Lazarus Group e tentou atacar os sistemas de empresas como a Lockheed Martin. Hyok, diz o governo americano, é ainda o responsável à invasão ao sistema do banco central de Bangladesh, em 2016. Além disso, o Departamento do Tesouro dos EUA impôs sanções contra Park e a empresa chinesa para a qual ele trabalhava, a Chosun Expo. Procurada pela Reuters, a missão norte-coreana nas Nações Unidas não respondeu a um pedido de comentário.
Entenda os casos. Em 2014, autoridades norte-americanas disseram que hackers norte-coreanos não identificados eram responsáveis por um grande ataque cibernético contra a Sony, que resultou no vazamento de documentos internos e na destruição de materiais.
O ataque aconteceu depois que Pyongyang enviou uma carta à ONU exigindo que a Sony não continuasse a produção de uma comédia que retratava o assassinato, apoiado pelos Estados Unidos, de um personagem caracterizado para parecer com o líder norte-coreano, Kim Jong Un.
Na época, o FBI disse ter coletado evidências conectando a Coreia do Norte ao ataque e a outras ações na Coreia do Sul.
No ano passado, o ataque WannaCry afetou milhares de empresas por todo o mundo com o uso de um vírus que criptografava arquivos em sistemas atingidos, incluindo o do Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido, que forçou o cancelamento de milhares de consultas médicas no país.
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