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IGTV: uma TV em busca de um formato para chamar de seu

Para quem cresceu em frente à TV, pode ser difícil se acostumar com a “nova ordem vertical”. Mas ela tem suas vantagens. A principal delas é ser realmente mais confortável para quem assiste ao vídeo no celular, em movimento

01/07/2018 | 05h00

  •      

 Por Bruno Capelas - O Estado de S. Paulo

IGTV é boa ideia, mas ainda precisa de execução melhor – na imagem, Kevin Systrom (à direita), o presidente executivo do Instagram, durante o lançamento da plataforma

Reuters

IGTV é boa ideia, mas ainda precisa de execução melhor – na imagem, Kevin Systrom (à direita), o presidente executivo do Instagram, durante o lançamento da plataforma

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Assistir à programação da IGTV pela primeira vez, seja no aplicativo próprio ou na aba dedicada à plataforma dentro da Instagram, pode ser uma experiência anacrônica. Tudo começa com um ruído e uma imagem chuviscada, tão marcantes que podem até fazer um incauto querer colocar Bombril na ponta do celular para ver se o aparelho “acha” logo o sinal. Logo depois, porém, o que surge na tela do celular são vídeos exclusivamente no formato vertical – um tipo de conteúdo simbólico para uma geração que talvez nem tenha idade para se lembrar dos tempos de antena com palha de aço na ponta. 

Para quem cresceu em frente à TV, pode ser difícil se acostumar com a “nova ordem vertical”. Mas ela tem suas vantagens. A principal delas é ser realmente mais confortável para quem assiste ao vídeo no celular, em movimento – quando eu estava no metrô ou no trem, a IGTV foi uma boa companhia para espantar o tédio. Mais curioso foi perceber que nem mesmo o ritmo constante de notificações atrapalhava o fluxo das imagens. Alguém chamou no WhatsApp? Um meme novo no Twitter? Era só pausar, responder e voltar à programação. 

Quando tentei reproduzir a experiência em casa, deitado na cama ou estirado no sofá, a IGTV já não funcionou tão bem. Muitos dos vídeos pareciam lentos ou pouco produzidos para reter minha atenção por um período mais longo – não foram poucas as vezes em que toquei no canto direito do celular, tentando mudar de vídeo, como se estivesse usando o recurso Stories.

Não é a única semelhança com a outra popular função recente da rede social de fotos: muitos dos vídeos produzidos até aqui para a IGTV parecem apenas Stories mais longos. Outros são apenas versões “cortadas” na vertical de vídeos feitos originalmente na horizontal – o Porta dos Fundos, por exemplo, fez isso com uma esquete. O resultado foi esquisito: havia closes demais e cenários de menos.

Líder do YouTube no Brasil, o diretor de clipes KondZilla fez o mesmo – o que fez o vídeo de Cheia de Marra, de MC Livinho, perder parte de sua malícia. Houve casos piores: ao navegar pelos vídeos mais populares na plataforma, sugeridos pelo algoritmo do Instagram, encontrei um vídeo na horizontal. Para vê-lo direito, foi preciso girar o aparelho – justamente aquilo que Mike Krieger, o brasileiro que criou o Instagram, achou que não fazia sentido, segundo afirmou na semana passada.

A bem da verdade, é uma plataforma ainda em busca de um formato pra chamar de seu. Até aqui, os melhores vídeos lembram, ao mesmo tempo, o início do YouTube: alguém na frente da câmera falando coisas de forma despretensiosa. Foi o que fez o youtuber Cauê Moura, por exemplo: todos os dias, acompanhei seu balanço sobre o que aconteceu na Copa do Mundo, mesmo que ele não seja um especialista no assunto.

Há outros pontos em que a IGTV precisa melhorar: alguns de seus comandos, como avançar ou retroceder nos vídeos, ou mesmo explorar menus, ainda não são intuitivos. A curadoria oferece poucas opções e, por várias vezes, comecei a ver os mesmos vídeos que já tinha assistido. É até natural, e o próprio Instagram reconhece: o aplicativo ainda vai passar por diversas atualizações até se tornar um uma experiência definitiva. O problema é se o “piloto” da série não for suficiente para conquistar o público – e às vezes, é a primeira impressão que fica.

É REPÓRTER DE TECNOLOGIA DO ESTADÃO

Saiba como alguns youtubers estão usando o IGTV

  •      
PC Siqueira

Foto: Nicolas Calligaro

PC Siqueira, um dos pioneiros no mundo dos Youtubers, usa a plataforma desde que ela estreou. Ele está gravando vídeos com o celular, bem no estilo de vlog, registrando coisas da sua vida e respondendo a perguntas dos usuários. 

Primeiro Rabisco

Foto: Youtube

Marina Viabone alimenta seu canal do Youtube “Primeiro rabisco” há dois anos, ensinando as pessoas a fazerem desenhos. Ela já está usando o IGTV, mostrando o passo a passo dos rabiscos em vídeos verticais de cerca de um minuto, com músicas ao fundo. “Vou precisar gravar dois vídeos, um para o Youtube, com a câmera na horizontal, e um para o IGTV, com o celular mesmo”, disse Marina em entrevista ao Estado. Ela não acha que funciona exportar e mudar a configuração da gravação, é preciso gravar de outro jeito.

Cauê Moura

Foto: Youtube

O Youtuber Cauê Moura lançou um programa especial para o IGTV, o “Bagulho da Copa”. De segunda a sexta feira, ele comenta as notícias da Copa do Mundo em vídeos na vertical, de cerca de 3 minutos. 

Josmi

Foto: Youtube

“A experiência com o IGTV está sendo desafiadora”, afirmou Osmar Portilho, o Josmi, em entrevista ao Estado. Eu seu canal, Josmi dá dicas sobre tecnologia, explicando coisas simples para o usuário. Ele está aproveitando o espaço do IGTV para produzir conteúdo sobre o próprio Instagram. “Temos que olhar de forma positiva, seria muita prepotência nossa ignorar que o celular é a maior forma de consumir conteúdo hoje”, afirma Oscar, apesar de achar terrível gravar na vertical. 

Mariana Saad

Foto: Youtube

A influencer Mariana Saad, que tem um canal sobre maquiagem, postou um vídeo no IGTV comentando a novidade do Instagram, com a frase: “O mundo mudou, o Instagram também, o Instagram mudou e a gente também”. Os vídeos de maquiagem que ela postou até agora têm de 5 a 12 minutos. As gravações e os efeitos visuais dos vídeos dela se encaixam no formato vertical — o formato dá certo mesmo nos vídeos que são iguais aos postados no Youtube. 

Cozinha do Bom Gosto

Foto: Youtube

Gabriela Rossi, do Cozinha do Bom Gosto, está experimentando o IGTV: postou três vídeos, com formatos diferentes, para entender o que o público espera da plataforma. “Apesar de ter bastante vídeos de receitas, o nosso canal tem uma seção de lifestyle, então é uma ótima oportunidade para expandir isso, por causa do formato vertical”, disse Gabriela em entrevista ao Estado. 

    Tags:

  • Instagram
  • vídeo
  • telefone celular
  • Youtube

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