Indicado para a Anatel, Juarez Quadros passará por sabatina no Senado na terça
Se aprovada, nomeação do engenheiro para presidente da entidade reguladora ainda terá de ser votada no plenário do Senado
30/09/2016 | 12h37
Por Claudia Tozetto - O Estado de S. Paulo

Juarez Quadros já foi ministro das Comunicações no governo FHC
O engenheiro eletricista Juarez Quadros, indicado ao cargo de presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), vai passar por sabatina na Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado na próxima terça-feira, 4. Depois do parecer da comissão, Quadros ainda precisa passar por votação final no Plenário do Senado.
O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), que acompanha a indicação, escreveu em seu relatório sobre a indicação que a formação acadêmica e histórico profissional de Quadros o credenciam para exercer o cargo.
Quadros foi indicado à presidência da Anatel depois que João Rezende, que exerceu o cargo até o fim de agosto, optou por renunciar ao cargo. Desde então, a Anatel está sem presidente. A agência reguladora é liderada por Rodrigo Zerbone, que assumiu a vice-presidência da Anatel em agosto, em substituição a Marcelo Bechara.
Polêmica. Ao anunciar sua renúncia à presidência da Anatel, em 10 de agosto, Rezende alegou razões pessoais para deixar o cargo antes do fim do mandato, o que estava previsto para novembro de 2018.
Nos últimos meses, Rezende sofreu um grande desgaste em razão de suas declarações durante a polêmica da franquia de dados na internet fixa – proposta das teles para tentar faturar mais com a banda larga, em momento em que há queda nas receitas com telefonia e SMS.
Rezende chegou a dizer que “a era da internet ilimitada” havia chegado ao fim, mas depois teve de voltar atrás por conta da pressão popular.
Trajetória. Não é a primeira vez que Quadros ocupa uma posição no governo. Ele foi ministro das Comunicações entre abril e dezembro de 2002, no último ano do governo de Fernando Henrique Cardoso. O engenheiro também exerceu o cargo de secretário executivo e secretário de fiscalização e outorgas. Além disso, foi diretor da Telebrás e conselheiro da Telerj, da Telesp e da Embratel.
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