Microsoft pode desistir dos óculos Holo Lens; relembre outros gadgets que a empresa também abandonou
Kin, Zune e Kinect estão entre os aparelhos da empresa que não foram para frente
11/02/2022 | 05h00
Por Redação Link - O Estado de S.Paulo
Os fracassos da Microsoft
Leia mais
Recentemente, circularam informações de que a Microsoft poderia cancelar a próxima geração dos óculos de realidade virtual HoloLens 3, colocando interrogações não apenas sobre o futuro do dispositivo, mas também da participação da Microsoft na criação do metaverso.
Se confirmada a desistência, essa não terá sido a primeira vez que a gigante americana patina no desenvolvimento de hardware - a verdade passa bem longe disso.
Em sua história, a Microsoft acumula projetos fracassados de hardware - seja por falta de planejamento, popularidade ou investimento. Você até deve se lembrar de alguns nomes, como o Windows Phone, o Kinect e o Zune. Veja a seguir uma lista com alguns dos dispositivos abandonados pela Microsoft.
Kin, um dos projetos mais rápidos pra sair do mercado
Kin
Esse foi um caso de desistência extremamente rápida por parte da Microsoft: ele ficou à venda por apenas três meses, entre abril e junho de 2010, nos EUA. Após comprar a startup Danger Incorporated, criadora do celular Sidekick, a Microsoft queria criar uma espécie de BlackBerry para jovens.
A aquela altura, o iPhone, e o conceito atual de smartphone, já dominavam a indústria - o que tornava a proposta da Microsoft instantaneamente anacrônica. Com uma divulgação ruim e funcionalidades pouco atrativas, o Kin foi retirado das prateleiras às pressas.
Zune, o player portátil da Microsoft
Zune
Para entrar no mercado dos players portáteis e tentar competir com o iPod, a Microsoft criou o Zune. Apesar de ter um grupo apaixonado de fãs, o aparelhinho, que chegou a ter 3 gerações, nunca conseguiu derrubar o concorrente mais famoso.
Junto com o dispositivo, ele tinha um serviço online, que disponibilizava milhões de músicas para compra utilizando um sistema de pontos, os Microsoft Points (que hoje são utilizados no Xbox Live). A Microsoft nunca discutiu publicamente as razões para a aposentadoria - apenas foi dito que ela mudaria o foco de estratégia de músicas para o Windows Mobile.
O Zune teve sua produção encerrada em 2011, depois de 5 anos no mercado.
Kinect, da Microsoft
Kinect
Quem não se lembra do Kinect, o detector de movimentos que a Microsoft criou com o intuito de fazer jogos que funcionassem com a movimentação dos jogadores?
Ele foi lançado em 2010, com um pacote de jogos exclusivos, mas a recepção não foi positiva entre os jogadores do Xbox. A expectativa era de que eles pudessem jogar games de ação com seus próprios movimentos, e isso não foi atendido - a maioria dos títulos vieram numa vertente muito mais infantil, como o Kinectimals e o mais popular deles, o Just Dance.
Com o tempo, o aparelho passou a viver apenas do jogo de dança, e foi vendo sua pouca popularidade desaparecer. Ele foi sendo deixado de lado como gadget separado, embora parte de sua tecnologia tenha sido incorporada por outros dispositivos da Microsoft, como o Xbox One e o HoloLens.
Windows Phone, o sistema quase perfeito
Windows Phone
Claro, o sistema operacional móvel não é um dispositivo, mas trata-se de uma das maiores apostas - e fracassos - da empresa no segmento de produtos de consumo. Lançado em 2010, o Windows Phone seria um concorrente dos sistemas Android e iOS. Inicialmente, a ideia era de apostar na retrocompatibilidade para aproveitar apps do Windows Mobile, só que tudo foi desenvolvido às pressas e deixaram de lado essa proposta.
Apesar de ganhar elogios, o sistema sofria com poucos aplicativos, o que deixava o público cada vez mais distante - o Google, por exemplo, nunca deixou seus aplicativos serem distribuídos na plataforma.
Junto disso, a Microsoft já estava atrasada para a festa: o domínio de Apple e Google já era gigante e nunca permitiu que o sistema florescesse, o que afastava o interesse de fabricantes de hardware na plataforma. Assim, em 2017 a Microsoft abandonou a ideia de ter um sistema operacional móvel.
A Microsoft até comprou a Nokia
Celulares da Nokia
Na tentativa de amenizar o desinteresse de fabricantes de celular pelo Windows Phone, a Microsoft anunciou a aquisição da Nokia, o que foi tratado como algo promissor: a empresa finalmente teria celulare exclusivos para o seu sistema, e, de quebra, teria um dos maiores nomes da história da telefonia celular sob seu guarda-chuva. Parecia ser a estratégia perfeita para fazer frente a Samsung, Apple e Google.
Porém, o sistema continuou carecendo de aplicativos e suporte, enquanto os celulares, batizados de Lumia, não empolgavam com seus recursos. A aquisição, feita em 2013, acabou três anos depois, quando a Microsoft encerrou a venda dos celulares próprios e negociou os ativos da marca finlandesa com a HDM Global.
Comentários
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.