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Musical.ly faz sucesso entre os jovens e alcança 7,5 milhões de brasileiros

Com vídeos curtos e efeitos especiais, rede social atrai principalmente adolescentes e jovens entre 13 a 23 anos; apesar do sucesso no País, plataforma ainda enfrenta desafio para competir com redes sociais, como Snapchat e Facebook, e ampliar público

29/04/2017 | 16h41

  •      

 Por Matheus Mans e Carolina Ingizza - O Estado de S.Paulo

A ‘muser’ Calú Spallicci, de 23 anos, tem mais de 680 mil seguidores em seu perfil na rede social Musical.ly

Foto: NILTON FUKUDA/ESTAD?O

A ‘muser’ Calú Spallicci, de 23 anos, tem mais de 680 mil seguidores em seu perfil na rede social Musical.ly

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Responda rápido: qual rede social é o grande sucesso do momento entre os adolescentes? Se arriscou Instagram, Snapchat ou Facebook, você passou longe. Atualmente, o aplicativo que mais chama a atenção dos jovens – e que é totalmente desconhecido para os pais – é o Musical.ly. O serviço, que permite compartilhar vídeos curtos e com efeitos, já conquistou mais de 7,5 milhões de usuários no Brasil.

Mistura de várias redes sociais populares, o Musical.ly surgiu em 2014 como um aplicativo para dublagem – assim como o Dubsmash, outro sucesso da época. A ideia é simples: coloque sua música preferida de fundo e finja que está cantando. Antes de compartilhar o vídeo de 15 segundos, adicione efeitos especiais, de filtros a transições.

Para quem não quer gravar, mas só se divertir, a plataforma permite encontrar vídeos de humor, comportamento, maquiagem, dança e até gravações divertidas com animais de estimação. A maioria deles foi gravado por meninas da mesma idade dos espectadores.

Independente do assunto tratado, vídeos óbvios não têm vez na rede: os mais assistidos são produções com muitos efeitos visuais, que deixam o conteúdo mais dinâmico e leve de assistir. Quem consegue o feito, viraliza rápido e começa a circular entre os mais de 200 milhões de usuários globais.

“Todo mundo que eu conheço estava usando o Musical.ly”, conta a estudante Fernanda Popp, de 16 anos, que entrou na rede social em 2016. “É um aplicativo diferente porque você tem de ser criativo do seu próprio jeito, deixar o aplicativo mais divertido para conquistar as outras pessoas. É disso que eu gosto numa rede social.”

Segundo ela, muitos usuários que ficaram “órfãos” quando os aplicativo Vine e Dubsmash foram cancelados acabaram migrando para o Musical.ly. Quem gosta de usar o Snapchat, outro app popular entre os jovens, também acaba se interessando. Essa onda fez o aplicativo se popularizar mais rapidamente entre os adolescentes e também entre celebridades, como a cantora Selena Gomez. “A gente pensou em atrair os jovens com uma plataforma que reunisse música, dança e interação”, diz o fundador e presidente executivo do Musical.ly, Alex Zhu, em entrevista ao Estado.

Fernanda Popp, de 16 anos, baixou o app porque ‘todos na escola estavam usando’

FOTO:WERTHER SANTANA/ESTAD?O

Fernanda Popp, de 16 anos, baixou o app porque ‘todos na escola estavam usando’

A partir de agora, Zhu tenta ampliar o público que se interessa pelo aplicativo – majoritariamente adolescentes e jovens, entre 13 e 23 anos, do sexo feminino. “As pessoas estão começando a descobrir o aplicativo”, afirma Karen Oliveira, diretora geral do app para a América Latina. “As crianças e pré-adolescentes que já estão no aplicativo nos ajudarão a ampliar os usuários do Musical.ly”.

Fama. Não é apenas de pessoas comuns que vive o Musical.ly. Influenciadores digitais, como os youtubers, são chamados de “musers” na rede social. Eles se destacam por produzir conteúdos originais e muito bem editados. Alguns já chegaram à marca de mais de 1 milhão de seguidores.

A paulistana Luara Fonseca, de 12 anos, se tornou um dos fenômenos na rede. A estudante do sétimo ano já tem 5 milhões de seguidores e, geralmente, ganha mais de 250 mil curtidas em cada publicação. “Gosto de fazer comédia, dublagem”, conta a menina, que também é embaixadora da rede. “Só não canto porque não sei.” Questionada sobre a fama e o status de celebridade na rede, Luara se mostra surpresa: “É incrível”.

Alguns “musers” também já perceberam que dá para ganhar dinheiro. Para isso, o app permite que usuários comprem moedas virtuais – vendidas em dólares – para adquirir e enviar presentes aos influenciadores durante as transmissões ao vivo. Cada presente é revertido em um valor para o “muser”, enquanto parte do dinheiro vai para o próprio Musical.ly.

“As crianças mandam presentes, que aparecem na nossa tela enquanto fazemos um vídeo ao vivo”, explica a “muser” Calú Spallicci, de 23 anos, e que é seguida por mais de 680 mil pessoas. “Elas mandam para ter destaque e receber atenção, já que o ‘muser’ pode conversar com a gente, mandar recados. Cria interação com os nossos seguidores.” O Musical.ly e os influenciadores, porém, não revelam quanto ganham.

Pedra no caminho. Apesar do sucesso, a plataforma precisa superar alguns entraves para se consolidar. O principal é garantir que os usuários mantenham o aplicativo instalado em seus smartphones – ele exige muita memória e consome muitos dados. “Cada região possui desafios específicos”, afirma Zhu. “Na América Latina, nosso desafio é a qualidade do sinal de internet e a memória mais restrita do celular.” Outro é garantir que a plataforma não seja usada para compartilhar vídeos de nudez, incompatíveis com a faixa etária dos usuários.

Para o analista da consultoria Nielsen, José Calazans, outra desvantagem do app é ser uma rede específica. “O aplicativo não consegue criar outras funções, não pode se reinventar”, diz. “Isso torna difícil a competição. Se o Facebook criar uma funcionalidade parecida, usuários vão abandonar o Musical.ly.”

A estudante Fernanda da Nóbrega, de 12 anos, deixou de usar o aplicativo recentemente por perder o interesse nos recursos. “Ainda uso aplicativos como Snapchat e Instagram”, conta a garota. “Seria muito mais prático ter funções como as do Musical.ly em plataformas maiores. Isso geraria muito mais espectadores.”

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