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Pampili vai leiloar NFT de um par de tênis em ação beneficente

Marca de calçados infantis quer arrecadar dinheiro para a ONG Movimento Saber lidar, que cuida da saúde mental de crianças e adolescentes no Brasil

Foto do author Bruna Arimathea
Por Bruna Arimathea
Atualização:
O leilão, que será realizado em maio, já conta com mais de 30 investidores interessados em dar um lance no Pump Jump Foto: Pampili

A Pampili, empresa de calçados infantis, vai entrar no mercado de leilões de NFT, que já conquistou adeptos e vendeu produtos por mais de US$ 60 milhões. A marca infantil, que apoia instituições voltadas para educação de meninas, vai leiloar um par de tênis virtual— o Pump Jump — e quem arrematar vai receber uma versão física do produto em casa. 

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A iniciativa surgiu por ideia de Ariel Alexandre, chefe de tecnologia e fundador do E-Commerce Experience, parceiro da Pampili, que trabalha com internet desde os anos 90 e entendeu que o NFT poderia ser uma forma de chamar a atenção do mercado de investidores para apoiar a ONG Movimento Saber lidar, que cuida da saúde mental de crianças e adolescentes. Com o movimento, a Pampili quer a participação não apenas de brasileiros, mas de empresários estrangeiros, e vai listar o leilão também em marketplaces internacionais.

“Em uma reunião nossa, definimos que uma solução boa para conseguir arrecadar dinheiro, seria olhar também para fora do Brasil. E aí, como fazer isso? Como sou apaixonado por NFT, trouxe essa opção e mostrei, fiz alguns exemplos e a equipe topou”, explica Alexandre.

Chamado de “NFT do bem” pelos criadores, o sistema vai funcionar como os outros leilões de NFT: um ativo digital será entregue para o comprador, com a certificação de peça única que configura o NFT, além de um par do Pump Jump físico. A intenção, porém, não é manter o ativo em posse de uma só pessoa. Depois de adquirido, a Pampili incentiva que o dono faça uma nova venda — cada vez que isso acontecer, a empresa receberá 20% do valor, que também será destinado a doações. 

De acordo comDiego Colli, presidente da Pampili, entrar de cabeça na nova moda digital é uma das coisas que pode diferenciar a empresa no mercado de calçados infantis — a empresa completou 34 anos de existência em 2021.

“Um grande propósito nosso é transformar o mundo em um lugar melhor para ser menina. Pensando em como a gente poderiapotencializar isso por meio do digital surgiu o projeto. Estamos pensando em como gerar experiência e negócios também: transformar o grupo em uma empresa digital sem deixar de ser uma empresa tradicional”, afirma Colli.

Já de olho em outras ações como essa, a Alexandre afirma que a empresa quer fazer com que o leilão seja mensal no futuro, sempre convertendo os recursos recebidos em doações. Mas a ação beneficente não é a única forma com que o empresário vê o uso possível no NFT no mercado de calçados. 

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O ativo digital, enquanto certificação única por blockchain, poderia atuar como um comprovante de garantia, por exemplo. Assim, ao comprar um par de sapatos, o cliente levaria o selo NFT como prova de que aquele calçado é original e que pode ser trocado em caso de defeito ou outros problemas. 

“Quando a gente começa a trazer vantagens para esse mundo de criptomoedas e quando a gente auxilia os clientes, a gente consegue educar as pessoas pela vontade de utilizar esse ativo. De repente, o cliente pode comprar o NFT hoje e, no ano que vem, ter acesso a outro calçado como garantia, ou ele pode guardar esse NFT e, no futuro, até revender pra própria empresa como um item de colecionador”, afirma Alexandre.

O leilão, que será realizado em maio, já conta com mais de 30 investidores interessados em dar um lance no Pump Jump e espera conseguir lances na casa dos milhões de reais - a empresa não revelou a cifra que espera atingir com a ação.

*É estagiária sob supervisão do editor Bruno Romani 

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