Ao conversar com profissionais especializados em vídeo mapping, a maior parte deles têm uma característica em comum: à frente da ambição pela fama e dinheiro está o desejo de difundir a técnica e tornar as projeções interativas parte do cotidiano dos brasileiros.
É o caso dos paulistanos Ygor Marotta e Cecília Soloaga, que formam a dupla VJ Suave. Eles entraram no ramo de projeção em 2009, logo que a técnica de video mapping se tornou popular no País. No início, os dois desenvolviam projetos artísticos – como curtas de animação – e os exibiam em projeções pela cidade. A produção, porém, logo começou a tomar outra forma.
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“Comecei a ver que, além dos curtas, poderia levar os grafites que eu fazia para onde eu quisesse, por meio da projeção”, conta Cecília. Eles começaram a fazer intervenções a partir do mapeamento de edifícios e outros elementos da arquitetura de grandes cidades.
A dupla, porém, ainda não estava satisfeita. “A gente queria levar a projeção para todos os lugares possíveis”, afirma Marotta. “Queríamos usar o espaço inteiro da cidade e não uma única fachada.”
Essa ideia deu origem ao projeto que acabou por se tornar a marca registrada do VJ Suave: eles adaptaram um triciclo com equipamentos que permitem fazer projeções em qualquer lugar. O veículo, que ganhou luzes decorativas, foi batizado de “suaveciclo”.
Segundo os artistas, o triciclo – que leva um projetor alugado – permite que eles levem a infraestrutura do vídeo mapping para qualquer lugar. Basta conectar o computador onde as animações estão gravadas para começar a interagir com o público.
“Criamos essa forma de levar o vídeo mapping pelos lugares para sermos independentes”, conta Marotta. “É assim que nós queremos criar cenas e momentos mágicos nas cidades.”