Saudades do Myspace? Alemão ‘recria’ rede social que abrigou emos e indies 

Chamada de SpaceHey, plataforma já tem cerca de 55 mil usuários

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Por Redação Link
Atualização:
Site oferece muitas das opções clássicas, como o espaço do amigo, interesses, blogs, comentários e uma aba que mostra se há internautas online Foto: An/SpaceHey

Para quem, nos anos 2000, balançou a franjinha emo, vestiu terninho à la The Strokes e se meteu a ter uma banda, um dos locais obrigatórios na internet era o Myspace, rede social com forte apelo musical. Oficialmente, o site criado por Tom Anderson ainda existe. Porém, desde que perdeu o posto de principal rede social dos EUA para o Facebook na virada da década de 2010, o Myspace virou apenas uma espécie de morto-vivo da web. Decidido a reviver os dias de glória do Myspace, um jovem alemão decidiu trazer a rede à vida novamente.

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An, de 18 anos, passou a quarentena focado em recriar a rede social Myspace em seu design original, que fazia sucesso por volta de 2003. Chamado de SpaceHey, o clone do Myspace está no ar desde novembro de 2020 e já fez a alegria de, aproximadamente, 55 mil usuários nostálgicos em todo o mundo.

O SpaceHey tem dois aspectos principais: personalização e criatividade. O site oferece muitas das opções clássicas, como o espaço do amigo, interesses, blogs, comentários e uma aba que mostra se há internautas online, além de ser possível enviar mensagens instantâneas e usar HTML e CSS para personalizar o perfil com layouts, fotos e músicas. É tudo aquilo que uma geração de adolescentes aprendeu a odiar e amar, e que foi desativado a cada novo redesign do serviço.

Também há como colocar links de outras redes sociais e incorporar conteúdos do YouTube e do Spotify, funcionalidades que não existiam na versão original.

Para desenvolver a nova rede social, o alemão ouviu os relatos de amigos mais velhos e pesquisou tudo sobre o MySpace. “Eu era bem novo quando o Myspace se tornou popular. Eu nunca cheguei a usar. No entanto, graças a amigos mais velhos e à internet, ouvi muito sobre ele. Cheguei à conclusão de que você não consegue encontrar algo assim hoje em dia, onde todos podem ser tão criativos”, disse An em entrevista à Vice.

O jovem reforça que gosta de ficar conectado à rede social e está atento às sugestões dos usuários. Além disso, An afirmou não ter medo de repreender alguém quando necessário para evitar a disseminação de discursos de ódio e assédio no SpaceHey.

A “reencarnação” do Myspace ainda não existe em formato de aplicativo e só é possível acessá-la por meio do navegador. É claro: smartphones ainda estavam de fraldas quando a rede social já balançava ao som de The Killers e My Chemical Romance

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