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Serviços de streaming deixam o futuro da TV cada vez mais confuso

Com parcerias e produções específicas, aplicativos criam lógica fragmentada de programação – e podem fazer consumidor nem conseguir 'economizar' com fim de assinatura de TV paga

24/08/2017 | 05h00

  •      

 Por Kevin Rose - NYT

Empresa anunciou que vai investir US$ 8 bilhões em conteúdo em 2018

Reuters/Mike Blake

Empresa anunciou que vai investir US$ 8 bilhões em conteúdo em 2018

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Se você for como eu e os milhões de americanos que cancelaram as assinaturas de TV a cabo nos últimos anos, provavelmente está familiarizado com o fenômeno que eu comecei a chamar de “a caçada”.

É assim: primeiro você decide assistir um de seus programas favoritos – no meu caso, Fixer Upper da HGTV. Você mergulha no seu sofá, liga a TV e conecta seu serviço sob demanda (streaming). Depois você passeia de aplicativo em aplicativo, tentando lembrar qual, entre a meia dúzia de serviços que assina, tem o programa. Era o Netflix? Hum, não. HBO GO? Nada. Hulu Plus? Esse tem as três primeiras temporadas, que você já viu, mas não a quarta.

Finalmente você encontra a quarta temporada na Amazon, mas não está incluída entre os programas gratuitos Prime Video. Custa US$ 2,99 por episódio. A caçada termina com um lamento. Você suspira, resigna-se (aquelas cozinhas não vão se reformar sozinhas) e paga de má vontade US$ 19,99 pela temporada toda.

O que aconteceu com o glorioso futuro da TV, amiga do consumidor? Disseram-nos que a internet nos conduziria a uma era dourada de vídeo por demanda, e que programas e filmes incríveis estariam a um clique de distância, por intermédio de serviços de baixo custo e fáceis de usar. Os pacotes de cabo da Time Warner de US$ 100 por mês que exigiam navegação por meio de um menu bizantino de canais de terceira categoria acabaria sendo um pesadelo distante.

13 filmes e séries que você já pode baixar na Netflix

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Netflix offline

Foto: Reuters

A Netflix anunciou um novo recurso que permite fazer download de filmes e séries. Com isso, usuários conseguirão assistir produções da plataforma mesmo sem conexão de internet. Entretanto, nem tudo está disponível para ser baixado. Confira, a seguir, alguns exemplos de filmes e séries que já podem ser assistidos offline.

Breaking Bad

Foto: Divulgação

Sucesso de público e crítica, Breaking Bad já pode ser assistida no metrô sem medo de ficar sem conexão. A série, que acompanha um professor de química que começa a produzir manfetamina para sustentar a sua família, já está disponível para download na Netflix.

De Volta para o Futuro

Foto: Divulgação

Se você estiver voando no DeLorean, não tem problema de ficar sem sinal de celular. O filme De Volta para o Futuro também está disponível para download na Netflix.

House of Cards

Foto: Divulgação

House of Cards, com Kevin Spacey, também está disponível para download na plataforma da Netflix.

Taxi Driver

Foto: Divulgação

Sem problemas para assistir filmes enquanto está em um táxi voltando para casa. Clássico de Martin Scorsese, Taxi Driver pode ser baixado na Netflix para assistir sem conexão.

The Crown

Foto: Divulgação

Nova série original da Netflix, The Crown também já pode ser assistida quando o usuário estiver sem conexão.

Pulp Fiction

Foto: Divulgação

Filme emblemático da carreita de Quetin Tarantino, Pulp Fiction pode ser baixado na Netflix.

Orange is the New Black

Foto: Divulgação

Produção original da Netflix, Orange is the New Black também pode ser encontrada para download na plataforma.

Trainspotting

Foto: Divulgação

O filme Trainspotting, de 1996, também está dentre as produções disponíveis para download.

Downton Abbey

Foto: Divulgação

Se você se transportasse para a realidade de Downton Abbey, no início do século XX, não teria problemas para assistir esta série britânica. Ela está disponível para download na Netflix.

Um Corpo que Cai

Foto: Divulgação

Alfred Hitchcock também está dentre os agraciados com produções para download. Um Corpo que Cai já pode ser baixado para ser assistido depois.

Stranger Things

Foto: Divulgação

Não importa se você está no Mundo Invertido. Stranger Things também já pode ser assistida sem conexão — é só fazer o download da produção original.

Narcos

Foto: Divulgação

Narcos também faz parte das séries que podem ser baixadas na Netflix.

Mad Men

Foto: Divulgação

Série muito premiada, Mad Men também está na lista de séries que já podem ser baixadas.

,Em vez disso, nos jogamos de cabeça em uma bela confusão ultrafragmentada, com uma miscelânea de serviços sob demanda que, somados, custam mais e em geral oferecem menos que o antigo pacote por cabo. Existem muitos programas ótimos e filmes sendo feitos, mas encontrá-los está ficando cada dia mais difícil.

Senti outra pontada de nostalgia por TV a cabo na semana passada, quando tanto a Disney quanto o Facebook – empresas bastante diferentes, mas unidas no seu desejo pela nossa atenção – anunciaram grandes medidas para sua próxima geração de estratégias de vídeo. A Disney, que controla algumas das mais valiosas franquias de filmes e programas de TV, abalou Hollywood na semana passada ao anunciar que estava encerrando seu acordo de distribuição com o Netflix e iniciando dois novos serviços sob demanda, sozinha. Um deles, um serviço com conteúdo esportivo sob a marca ESPN, estará disponível no início do próximo ano, enquanto o outro, focado nos filmes e programas da Disney, vai ao ar em 2019.

Um dia depois, o Facebook anunciou o Watch, uma aba dentro do principal aplicativo do Facebook que em breve abrigará uma série de vídeos produzidos profissionalmente. A empresa diz que as pessoas poderão usufruir, por tarifas especiais, programas como Returning the Favor, estrelado pelo apresentador de Trabalho Sujo, Mike Rowe; um reality show sobre casas pequenas; e Bae or Bail que o Facebook descreve assim: “casais desavisados colocam seus relacionamentos e engenhosidade em teste ao serem colocados em cenários apavorantes”.

A Disney, que montou um negócio imensamente lucrativo que inclui vendas de ingressos de cinema e receita de cabo da ESPN, aposta que um número significativo de clientes pagarão US$ 10 ou US$ 20 por mês para assistir Frozen e acompanhar seus times na NBA, além de já estarem pagando por assinaturas de Netflix, Hulu e Amazon Prime.

15 séries originais da Amazon

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15 séries originais da Amazon

Foto: Reprodução

O Amazon Prime chegou ao Brasil e com ele diversas das séries originais da Amazon, que têm feito barulho em Hollywood, angariando indicações e prêmios no Globo de Ouro e nos Emmy Awards. O serviço custa cerca de R$10 nos primeiros seis meses, e depois passa a R$20 (o valor é em dólares americanos, então pode variar). As séries já disponíveis no Brasil são 'The Grand Tour', 'The Man in the High Castle', 'Transparent', 'Mozart in the Jungle', 'Bosch', 'Hand of God' e 'Red Oaks'. Algumas outras, como 'Crisis in Six Scenes', de Woody Allen, serão adicionadas em 2017. Confira 15 séries originais da Amazon.

THE GRAND TOUR

Foto: Reprodução

Jeremy Clarkson, Richard Hammond e James May embarcam numa grande turnê de aventuras ao redor do mundo para dirigir e analisar os carros mais impressionantes do globo nessa série documental.

MOZART IN THE JUNGLE

Foto: Reprodução

Um dos hits da Amazon, com várias indicações ao Globo de Ouro 2017, a série com Gael García Bernal conta a história do maestro Rodrigo buscando oportunidades e o amor em Nova York.

TRANSPARENT

Foto: Reprodução

Criada por Jill Soloway, a série conta a história de uma família em Los Angeles e suas vidas quando eles descobrem que o patriarca, interpretado por Jeffrey Tambor, é transgênero. A série levou o prêmio de melhor produção de comédia no Globo de Ouro em 2015, e o protagonista também levou vários prêmios.

RED OAKS

Foto: Reprodução

A comédia criada por Gregory Jacobs e Joe Gangemi conta a história de um jovem estudante que trabalha no prestigioso clube Red Oaks Country Club durante as férias de sua universidade, nos anos 1980.

THE MAN IN THE HIGH CASTLE

Foto: Reprodução

Adaptada do livro de Philip K. Dick, a série conta como o mundo seria se os Aliados tivessem perdido a Segunda Guerra Mundial, e os EUA tivessem sido divididos em três partes entre os japoneses e alemães. Uma segunda temporada estreia no dia 16 de dezembro de 2016.

BOSCH

Foto: Reprodução

Série policial conta a história do detetive Harry Bosch (Titus Welliver), de Los Angeles, inspirada nos livros de Michael Connelly. Criada por Eric Overmyer, já tem a quarta temporada garantida. A série começa com o personagem principal sendo processado pela família de um suspeito num caso de erro de julgamento policial.

HAND OF GOD

Foto: Reprodução

Criada por Ben Watkins e estrelada por Ron Perlman, conta a história de um juiz corrupto que sofre um colapso nervoso e acredita que Deus está lhe levando para um caminho de vigilância. A série tem duas temporadas.

BETAS

Foto: Reprodução

A comédia estrelando Joe Dinicol e Karan Soni conta a história da dupla de desenvolvedores de um aplicativo de paquera na Califórnia em busca de um investidor. A série foi cancelada depois da primeira temporada.

ONE MISSISSIPPI

Foto: Reprodução

Criada por Tig Notaro e com Louis C.K. como um dos produtores executivos, a série semi-autobiográfica conta a história de uma radialista de Los Angeles que reanalisa sua vida após a morte da mãe.

MAD DOGS

Foto: Reprodução

Criada por Cris Cole, a série é um “remake parcial” da produção britânica de mesmo nome. O plot se concentra na angústia de um grupo de americanos mal sucedidos em seus 40 anos.

GOOD GIRLS REVOLT

Foto: Reprodução

Criada por Dana Calvo inspirada no livro de Lynn Povich, a série baseada em fatos reais conta a história de um grupo de jornalistas de uma revista norte-americano nos tempos revolucionários de 1969. A série foi cancelada na primeira temporada. 

GOLIATH

Foto: Reprodução

Com Billy Bob Thornton no papel principal, e criada por David E. Kelley e Jonathan Shapiro, a série conta a história do advogado Billy McBride, que fracassou e agora encontra um último caso que pode lhe trazer redenção.

CRISIS IN SIX SCENES

Foto: Reprodução

Escrita e dirigida por Woody Allen, a série conta a história de uma família suburbana nos EUA dos anos 1960 que recebe uma visita inesperada (interpretada por Miley Cyrus), e que vira tudo de cabeça para baixo.

THE COLLECTION

Foto: Reprodução

A série é co-produzida pela Amazon e pela BBC, marcando a primeira vez que uma TV pública europeia colaborou com um serviço de vídeo por demanda. Criada por Oliver Goldstick, a série conta a história de uma loja de moda em Paris emergindo da ocupação pós-Segunda Guerra Mundial.

ALPHA HOUSE

Foto: Reprodução

A série satírica conta a história de quatro senadores republicanos que dividem uma casa em Washington DC. Criada por Garry Trudeau, tem diversas aparições de atores famosos, como Bill Murray.

Além disso, o Facebook – que ganha o seu dinheiro com publicidade – fornece seus programas de graça. Sua teoria é que quanto mais tempo os usuários do Facebook passarem assistindo os vídeos, mais anúncios verão. O Facebook não tem uma imensa biblioteca de conteúdo popular como a Disney, mas tem preciosidades em dados a respeito dos gostos pessoais e preferências de seus mais de dois milhões de usuários registrados, e supostamente planeja usar esses dados para exibir anúncios exatamente para as pessoas que as companhias querem alcançar.

Mais de US$ 70 milhões por ano são gastos em anúncios na televisão tradicional e no momento em que esse imenso volume de dinheiro se desloca para o vídeo digital, o Facebook quer garantir que uma gorda porção acabe em seus próprios bolsos. É bem provável também que queira substituir o YouTube como o lar dos criadores amadores que podem não produzir programas com qualidade profissional, mais ainda têm grandes e fieis públicos.

Para navegar em meio a tudo isso, um novo serviço surgiu para substituir os TV Guides de antigamente – como Can I Stream It, um mecanismo de busca que dirá a você qual plataforma abriga seu programa favorito – mas não á uma solução para o setor inteiro e não há qualquer simplificação à vista. O Facebook diz que Watch será personalizado para exibir vídeos baseados, em parte, no que os seus amigos estão assistindo, mas encontrar os vídeos certos ainda pode exigir garimpagem.

“No momento, uma das barreiras para a entrada do consumidor é simplesmente perplexidade”, disse Paul Verna, principal analista de vídeo na eMarketer, uma empresa de pesquisa dos meios de comunicação. “Quanto mais serviços desse tipo existem, mais difícil será conseguir que as pessoas tomem decisões racionais, bem informadas, sobre o que escolher para assinar”.

Uma das razões para esse caos é que o cancelamento de assinaturas está-se acelerando de forma mais rápida que o esperado pelos executivos de mídia. No último trimestre, quase um milhão de americanos desistiram de suas inscrições em serviços de TV paga, segundo uma estimativa de Craig Moffett, analista de meios de meios de comunicação na MoffettNathanson. (O Netflix acrescentou quase a mesma quantidade de assinantes nos Estados Unidos ao mesmo tempo). Jovens, grupo particularmente cobiçado pelos anunciantes, estão-se afastando da TV de forma especialmente rápida. A quantidade de pessoas com menos de 35 anos que assistem TV tradicional caiu pela metade desde 2010, diz Matthew Ball, diretor de estratégia nos Estúdios Amazon.

Números como esses geraram pânico em todo o setor e deram início a dezenas de iniciativas para substituir a receita que vaza para fora do antigo modelo de TV a cabo. O serviço sob demanda da Disney não será o último desse tipo: muito em breve, você será forçado a escolher entre um menu impressionante de aplicativos de streaming e serviços, cada um dos quais com seus próprios preços, interfaces e livrarias em constante mudança de programas e filmes. / TRADUÇÃO DE CLAUDIA BOZZO

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  • televisão
  • streaming

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