Um grupo de acionistas do Facebook, formado por fundos públicos e investidores privados, apoiou nesta quarta-feira, 17, uma proposta para remover Mark Zuckerberg, fundador e presidente executivo da rede social, do cargo de presidente do conselho, dizendo que a rede social não soube lidar, nos últimos tempos, com diversos escândalos de alto nível.
Nesta quarta-feira, os fundos estatais de Illinois, Rhode Island e Pensilvânia, ao lado do fundo da cidade de Nova York, assinaram uma carta, apoiando a iniciativa do Trillium Asset Management, que trouxe a discussão à baila em junho. Agora, a questão deverá ser votada em maio de 2019, quando acontece o próximo encontro anual de acionistas do Facebook.
A proposta dos fundos é de que a presidência do conselho da empresa seja ocupada por um executivo independente. É algo, no entanto, difícil de acontecer, uma vez que Mark Zuckeberg, sozinho, detém 60% do poder ordinário da empresa. Procurado, o Facebook não estava imediatamente disponível para comentar o assunto.
"O Facebook hoje tem um papel fora do normal em nossa sociedade e economia. É uma empresa que tem responsabilidade social e financeira de ser transparente. È por isso que demandamos independência e responsabilidade no conselho", diz o documento. A proposta acrescentou ainda que a falta de um conselho independente contribuiu para que o Facebook lidasse mal com diversas controvérsias, entre o caso da consultoria Cambridge Analytica, a recente falha de segurança ou a interferência russa nas eleições americanas.