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Ações de empresas de chips despencam após boicote à Huawei

Segundo agência, Intel, Qualcomm e Broadcom devem parar de fornecer equipamentos à chinesa, para seguir ordem de Trump

Por Redação Link
Atualização:
Na semana passada, Trump assinou decreto que não permite compra de equipamentos de telecomunicações de empresas que tragam ameaças à "segurança nacional" dos EUA Foto: REUTERS/Tim Chong

As ações de fabricantes americanas e europeias de chips caíram acentuadamente nesta segunda-feira, 20, em meio a preocupações de que os fornecedores da Huawei possam suspender os embarques para a empresa chinesa devido ao veto dos Estados Unidos. 

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O movimento ocorreu após o jornal Nikkei Asian Review ter informado que a Infineon havia suspendido as remessas para a Huawei depois que os EUA colocaram a segunda maior fabricante de smartphones do mundo em uma lista negra na semana passada, impondo restrições que dificultarão a realização de negócios com empresas norte-americanas.

Além disso, a agência de notícias Bloomberg publicou na manhã desta segunda-feira que empresas como Intel, Qualcomm, Xilinx e Broadcom já informaram a seus empregados que vão parar de fornecer material para a Huawei, até segunda ordem. Há o temor no mercado de que essas ações estrangulem a estratégia da Huawei e, ao mesmo tempo, afetem o desenvolvimento de redes 5G no planeta. O Google, por sua vez, vai parar de fornecer acesso a apps proprietários aos dispositivos da chinesa, como o Gmail e a loja de aplicativos Play Store. 

A fabricante europeia de chips STMicroelectronics caiu 8%, para a parte inferior do Paris CAC 40, enquanto a Infineon caiu 4,5% no DAX 30 de Frankfurt. A AMS caiu 11,5% pela manhã. A alemã Infineon e a francesa STMicro, maiores fabricantes de chips da Europa, não fizeram comentários imediatos. Nos EUA, a Broadcom e a Qualcomm operam com queda de mais de 4% na manhã desta segunda-feira; já o Google e a Intel caem cerca de 2%. 

Mesmo que as empresas possam continuar vendendo componentes sem estarem sujeitas às restrições dos EUA, qualquer interrupção nas operações da Huawei terá um efeito secundário em seus fornecedores, disse Janardan Menon, analista da Liberum.

“Nos próximos meses, pode-se supor amplamente que a parte da Huawei de seus negócios (de fornecedores de chips europeus) verá um pouco de fraqueza, se o governo dos EUA não mudar de idéia”, disse ele. O impacto não será uniforme porque as empresas têm diferentes níveis de exposição. / COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

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