Ações do Uber chegam a cair 10% nesta segunda

O Uber estreou na Bolsa de Valores de Nova York na última sexta-feira, 10, com valor das ações abaixo da meta

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Por Agências
Atualização:
Dara Khorsowshahié presidente executivo do Uber Foto: Johannes Eisele/AFP

As ações do aplicativo de transporte Uber chegaram a recuar mais de 10% nesta segunda-feira, 13, ampliando as perdas desde a sua estreia na Bolsa de Valores de Nova York na última sexta-feira, 10. Os resultados negativos levantam dúvidas sobre a confiança dos investidores na capacidade do Uber de gerar lucro.

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Por volta de 12h (horário de Brasília), os papéis recuavam 8,5%, a US$ 38. Na mínima até o momento, as ações chegaram a US$ 37,18. O preço da ação desvalorizou cerca de 15% em relação ao seu valor de oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) – na última quinta-feira, 9, o Uber anunciou que cada papel começaria o dia de negociações sendo vendido a US$ 45 cada.

O movimento, que ocorria em meio a fortes perdas nas praças acionárias globais estimuladas por mais tensões comerciais entre Estados Unidos e China, reduzia o valor de mercado da empresa em cerca de US$ 11 bilhões após a precificação da oferta.

Antes de abrir o capital, a Uber reduziu suas expectativas de avaliação duas vezes em dois meses para atender às preocupações dos investidores com os crescentes prejuízos da empresa. O preço inicial das ações foi estabelecido a US$ 45 cada, sendo que a meta estava prevista para ser entre US$ 48 e US$ 55 cada papel. 

O aplicativo de transporte Lyft, rival do Uber, também não está indo bem na Bolsa. A empresa, que fez seu IPO em US$ 72 por ação em março, perdeu um terço de seu valor de mercado desde então. Na manhã desta segunda-feira, 13, os papéis recuavam cerca de 5,2%.

O cenário que o Uber escolheu para sua abertura capital não foi favorável. O IPO aconteceu em um contexto de preocupações renovadas em Wall Street sobre o crescimento global devido às tensões comerciais, embora os mercados de ações dos EUA estejam atualmente muito mais altos do que eram no final do ano passado.

Enquanto Uber e Lyft buscam encontrar maneiras de reduzir os custos com motoristas para melhorar a rentabilidade e atingir o lucro, houve protestos de motoristas em várias cidades norte-americanas na semana passada exigindo melhores condições de trabalho. 

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