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Amazon contratará 100 mil funcionários para lidar com alta nos pedidos

Empresa afirmou que vai investir US$ 350 milhões para aumentar os pagamentos a estes funcionários

Por Redação Link
Atualização:

A Amazon informou nesta segunda-feira, 16, que vai contratar 100 mil funcionários para armazéns e entrega de produtos nos Estados Unidos para lidar com o aumento de pedidos online recebidos pela companhia diante do pânico em torno da pandemia de coronavírus.

O número de funcionários varia sazonalmente, e atingiu 798 mil funcionários, contando os temporários e os trabalhadores de meio período, durante a temporada de vendas de final de ano. Assim, não está claro como ficará o tamanho do quadro de funcionários após as 100 mil contratações.  

Coronavírus aumento volume de pedidos na Amazon, que vai contratar 100 mil funcionários Foto: Mike Segar/Reuters

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A Amazon afirmou que vai investir US$ 350 milhões para aumentar os pagamentos a estes funcionários nos EUA e Canadá em US$ 2 a hora. Para o Reino Unido, o reajuste será de 2 libras e na União Europeia a empresa vai pagar cerca de 2 euros a mais.

A varejista hoje paga US$ 15 dólares a hora para trabalhadores de seus centros de distribuição de produtos nos EUA. Procurada pelo Estado, a empresa afirmou que não tem informações oficiais se haverá contratações no Brasil. 

Preocupação

Funcionários da Amazon estão preocupados com as condições de trabalho durante a pandemia de coronavírus. Segundo reportagem do jornal americano The Washington Post, trabalhadores da empresa afirmaram que não estão sendo protegidos o suficiente da nova doença.

Já existe a confirmação de casos positivos do coronavírus em funcionários de armazéns da Espanha e da Itália e, segundo o jornal, outros possíveis casos só foram orientados a ficar em casa depois de manifestar os sintomas por alguns dias de trabalho.

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Ainda de acordo com o jornal, mais de 1,5 mil trabalhadores assinaram uma petição para obrigar a Amazon a tomar medidas mais efetivas contra a doença e para garantir a segurança de seus empregados no trabalho.

Só o essencial

A Amazon também está suspendendo o recebimento de produtos não essenciais de vendedores em seus depósitos nos Estados Unidos e no Reino Unido até 5 de abril, no movimento mais recente para liberar espaço no estoque para os suprimentos que estão em falta devido à pandemia de coronavírus. Ao Estado, a empresa não comentou se a medida também será adotada no Brasil. Em testes feitos pela reportagem na noite desta terça-feira, 17, ainda era possível encomendar produtos "não essenciais", como livros e discos, embora as previsões de entrega estivessem um pouco maiores do que o normal. 

Em nota enviada aos vendedores nesta terça-feira, 17, a Amazon disse que está vendo uma crescente demanda de compras online por parte dos consumidores. Como os itens básicos e suprimentos médicos estão ficando sem estoque, a empresa priorizará determinadas categorias para “receber, reabastecer e enviar rapidamente esses produtos aos clientes”.

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 A Amazon definiu cinco categorias como produtos essenciais que podem continuar sendo enviados, incluindo produtos para bebês, saúde e uso doméstico, beleza e cuidados pessoais, mercearia, itens industriais e científicos, artigos para animais de estimação.

Os vendedores terceirizados representam mais da metade das vendas na Amazon. A Amazon está incentivando os vendedores a usarem seu próprio sistema de atendimento, permitindo que muitos deles tenham uma entrega mais rápida, sem os riscos de ficarem com estoques.

É especialmente popular para os vendedores que usam um método de envio direto, ou seja, os vendedores importam produtos de fabricantes em países como a China e os enviam diretamente para um armazém da Amazon. A Amazon recebe taxas pelo gerenciamento do processo de armazenamento e entrega.

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Os vendedores que fornecem produtos que são considerados não essenciais podem ficar sem opção de estoque. Ainda assim, eles podem usar outros métodos de atendimento para enviar produtos diretamente aos clientes. Procurada, a Amazon não se manifestou. /COM INFORMAÇÕES DA REUTERS

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