Amazon e Apple se esquivam de pacto por princípios éticos na França
Liderada pelo presidente da França, Emmanuel Macron, a iniciativa pede responsabilidades das empresas em questões como discursos de ódio nas redes sociais e pagamento de impostos
30/11/2020 | 10h30
Por Agências - Reuters
Segundo o governo francês, a lista de colaboração tem 75 executivos de empresas de tecnologia, mas Amazon e Apple não assinaram o acordo ainda
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A Amazon e Apple não assinaram uma nova iniciativa francesa para fazer com que as empresas globais de tecnologia se comprometam publicamente com alguns princípios, incluindo o pagamento justo de impostos, disseram autoridades do governo nesta segunda-feira, 30.
O presidente francês, Emmanuel Macron, tem procurado nos últimos três anos persuadir gigantes da tecnologia a colaborar com governos em uma série de desafios globais, como combater o discurso de ódio online, preservar a privacidade ou contribuir para os cofres do Estado.
Em meio a protestos públicos sobre o bom desempenho dos grupos de tecnologia durante a pandemia de coronavírus este ano, os conselheiros de Macron disseram nesta segunda-feira que o presidente havia pedido às empresas de tecnologia que assinassem uma nova iniciativa chamada "Tech for Good Call", que sublinha os princípios para um mundo pós-covid.
O governo francês divulgou uma lista de 75 executivos de empresas de tecnologia que assinaram a iniciativa até agora, incluindo o presidente executivo do Google, Sundar Pichai, o do Facebook, Mark Zuckerberg, e o presidente da Microsoft, Brad Smith. Apple e Amazon estavam notavelmente ausentes da lista.
A Apple não quis comentar, mas autoridades francesas disseram que as conversas com a empresa estão em andamento e que ela ainda pode aderir à iniciativa, cujos detalhes serão publicados oficialmente na terça-feira, 1º de dezembro. Um representante da Amazon, que autoridades francesas disseram ter se recusado a aderir à iniciativa, não respondeu um pedido de comentário.
"O objetivo também é analisar objetivamente aqueles que decidem jogar o jogo e alinhar seus interesses com os indivíduos e a sociedade e observar aqueles que ficam de fora desse movimento conjunto", disse um assessor presidencial em uma coletiva de imprensa.
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