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Amazon negocia para fazer venda direta de eletrônicos e perfumaria no País

Movimento é mais um passo da gigante americana para expansão das operações no Brasil, onde ingressou em 2012 negociando apenas livros físicos e digitais

Por Agências
Atualização:
Movimento é mais um passo da gigante americana para expansão das operações no Brasil, onde ingressou em 2012 negociando apenas livros físicos e digitais Foto: Mike Segar/Reuters

O grupo americano de varejo online Amazon se reuniu com fabricantes de eletrônicos, perfumaria e outros produtos na última semana para anunciar que passará a comprar diretamente as mercadorias e se encarregará da armazenagem e entrega delas no Brasil. A informação foi revelada à agência de notícias Reuters por duas fontes que estiveram presentes no encontro.

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O movimento é mais um passo da gigante do varejo eletrônico para expansão das operações no Brasil, onde ingressou em 2012 negociando inicialmente apenas livros físicos e digitais. Atualmente a empresa a empresa vende outros produtos, mas não diretamente. Ela cede espaço dentro de seu site para que outros lojistas possam negociar seus itens, em um modelo de negócio chamado de marketplace.

Segundo as fontes, a Amazon convocou diversos fabricantes para uma série de apresentações que reuniram dezenas de pessoas na semana de 26 de fevereiro a 2 de março no hotel Blue Tree Morumbi, na capital paulista.  No encontro, a companhia americana convidou os participantes a se cadastrarem no sistema da empresa até 9 de março para futura venda direta dos produtos.

“Eles apresentaram a Amazon, depois disseram que vão comprar diretamente dos fabricantes para revender”, contou uma das fontes, que pediu anonimato porque as conversas ainda estão em andamento. 

Na reunião com os fornecedores, os representantes da companhia norte-americana informaram que as mercadorias seriam armazenadas em instalações na Grande São Paulo, mas não quiseram especificar o local ou os volumes que seriam contratados, acrescentou a mesma fonte.

Em 7 de fevereiro, a Reuters noticiou que a Amazon estava transferindo as operações logísticas no Brasil para um complexo de galpões no município de Cajamar, a 50 quilômetros da capital paulista, onde negociava a locação de pelo menos 50 mil metros quadrados. A varejista se registrou em 4 de outubro do ano passado na prefeitura da cidade para exercer atividade econômica na região.

A Amazon também teria sinalizado aos fabricantes que usará serviços de transporte e atendimento ao cliente (call center) próprios no Brasil, afirmaram as fontes. “Eles falaram que voltam a conversar, mas todos têm que fazer o cadastro até dia 9 para dar continuidade às próximas etapas”, explicou a segunda fonte.

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Procurada pela Reuters, a Amazon disse que realiza “centenas de reuniões com potenciais vendedores e fornecedores sobre seus negócios no Brasil e possíveis planos futuros” desde o lançamento do site da empresa no País e que “não especula sobre planos futuros”.

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