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Após fusão com Cabify, Dennis Wang deixa a Easy

Executivo, que foi um dos primeiros funcionários da empresa, liderou a expansão internacional do aplicativo para mais de 30 países

Por Claudia Tozzeto
Atualização:
Aplicativo da Easy, que agora faz parte do mesmo grupo do aplicativo de carona paga Cabify Foto: Divulgação

Após cinco anos na liderança do aplicativo Easy Táxi, que foi um dos pioneiros no País a permitir a solicitação de serviços de transporte por meio de um aplicativo, Dennis Wang deixou a empresa nas últimas semanas. A saída de Wang do cargo de presidente da empresa brasileira acontece pouco tempo depois que a empresa passou por uma fusão com o aplicativo espanhol Cabify na América Latina. As duas empresas anunciaram a união no final de junho, como forma de ganharem força na disputa com o aplicativo norte-americano de carona paga Uber.

"Estou estudando alguns segmentos da indústria e ajudando algumas startups", disse Wang, em entrevista ao Estado. "Vou recarregar as energias antes de embarcar no próximo sonho."

Dennis Wang, ex-presidente executivo da Easy Foto: Easy

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Wang foi um dos primeiros funcionários da Easy Taxi. Ele entrou na empresa em fevereiro de 2012, meses depois que a empresa foi fundada pelo brasileiro Tallis Gomes. Na época, a startup operava em apenas uma cidade. Sob a liderança de Wang, a empresa acelerou a expansão internacional e chegou a mais de 30 países na América Latina, atingindo mais de 25 milhões de downloads do aplicativo e 500 mil taxistas registrados globalmente. Desde setembro, Wang estava focado em buscar novos investimentos e oportunidades de negócio para a empresa.

No total, a empresa levantou US$ 77 milhões em investimentos, com participação de fundos grandes como Rocket Internet -- também investidor de empresas como a gigante do delivery de comida, Delivery Hero, e o site de comércio eletrônico especializado em moda, Dafiti.

Mais recentemente, porém, a companhia perdeu protagonismo no mercado brasileiro, devido à forte concorrência do Uber e de outros aplicativos de transporte, como o espanhol Cabify e a brasileira 99. Segundo fontes de mercado, a empresa chegou a negociar alianças com os dois serviços, dando início ao processo de consolidação do mercado. Meses depois, anunciou o acordo com a Cabify.

A principal rival da empresa no País, a 99 fez movimento semelhante na direção de alianças globais e ganhou força ao receber investimentos de US$ 100 milhões do aplicativo de transporte chinês Didi Chuxing e do gigante japonês SoftBank.

Com a saída de Wang, a Easy fica sob a liderança de Jorge Pilo, que assumiu o cargo de presidente executivo global da empresa em setembro do ano passado, após uma reestruturação -- anteriormente, os dois dividiam as responsabilidades na liderança da empresa.

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