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Apple atinge lucro de US$ 21,7 bi e vendas do iPhone crescem 50%

Fabricante de iPhone manteve crescimento em todas as categorias de produtos e em todas as regiões do mundo

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Por Guilherme Guerra
Atualização:
Fabricante de iPhone, a Apple é a empresa com maior avaliação de mercado do mundo, com mais de US$ 2,4trilhões Foto: Mike Segar/Reuters - 16/10/2019

A Apple reportou nesta terça-feira, 27, um lucro operacional de US$ 21,7 bilhões no trimestre terminado em junho de 2021, alta de 93% em comparação com o mesmo período de 2020, quando a pandemia de covid-19 paralisou o mundo e fez crescer a demanda por dispositivos de tecnologia no período.

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Embora esteja colocando o futuro da companhia cada vez mais em serviços digitais, a fabricante do iPhone ainda depende da venda de produtos físicos para gerar faturamento. No último trimestre, a receita nessa categoria foi de US$ 63,9 bilhões (ante US$ 46,5 bilhões do mesmo período de 2020), enquanto serviços de assinaturas somaram US$ 17,4 bilhões (em comparação aos US$ 13 bilhões do ano passado).

No total, a receita da Apple foi de US$ 81,4 bilhões, crescimento de 36% em relação ao trimestre terminado em junho de 2020. Ainda, o número representa um recorde para o período da empresa e supera os US$ 73 bilhões esperados por analistas do mercado.

Correspondendo a 48,6% do faturamento da empresa, as vendas de iPhone continuam fortes, surpreendendo o mercado, que vê no segundo trimestre do ano uma desaceleração nessa categoria devido à aproximação do lançamento de novos modelos, que costuma ser em setembro. Sem revelar quantidas unidades foram vendidas, a receita gerada pelos smartphones foi de US$ 39,5 bilhão, alta de  50% em comparação ao mesmo trimestre de 2020. 

No ano passado, a Apple lançou o primeiro smartphone com conexão 5G da companhia, o iPhone 12. Apesar disso, a tecnologia ainda não é popularizada, já que depende a infraestrutura de antenas da operadoras de telecomunicações para funcionar.

A empresa americana, avaliada em US$ 2,4 trilhões, também viu salto nas vendas de todos os seus outros produtos separadamente, com vestíveis superando o faturamento (alta de 36%), seguido por Mac (16%) e iPad (12%). Além disso, todas as regiões do mundo apresentaram aumento na receita — as Américas ainda são o principal mercado (US$ 35 bilhões), seguidas por Europa (US$ 18 bilhões) e pela China continental (US$ 14 bilhões), onde houve a maior alta, de 58%.

O analista americano Dan Ives, da consultoria Wedbush, considerou o balanço da companhia como " outro arrasa-quarteirão", após sucessivos bons números apresentados anteriormente. "De modo geral, nós caracterizamos isso como uma performance digna de 'medalha de ouro' da Apple neste trimestre, especialmente considerando que a escassez de chips permance", escreveu. 

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Como tem feito desde o início da pandemia, a empresa não fez previsões acerca dos negócios para o próximo trimestre, fazendo com que as ações da companhia caíssem 0,8% após o pregão da Bolsa americana por volta das 18 horas do horário de Brasília.

Em conferência com investidores, o presidente executivo da Apple, Tim Cook, declarou que a empresa pode enfrentar problemas de "restrições de oferta" no próximo trimestre, devido à alta demanda. Sem dar mais detalhes, o CEO não explicou se isso afetaria a fabricação do próximo modelo de iPhone nem se o problema tem a ver com a escassez de chips que afeta o mercado de tecnologia desde 2020.

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