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Apple atinge marca histórica de US$ 1 trilhão em valor de mercado

Ações da empresa superaram a marca de US$ 207,04; otimismo de investidores com iPhone e serviços 'carregaram' fabricante para recorde

02/08/2018 | 12h56

  •      

 Por Redação Link - O Estado de S. Paulo

Apple atinge a marca de US$ 1 trilhão após valorização Nasdaq

Mike Segar/Reuters

Apple atinge a marca de US$ 1 trilhão após valorização Nasdaq

Leia mais

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  • The Economist: Grandes demais para continuar a crescer?
  • Com iPhone mais caro, receita da Apple cresce 17% no 3º trimestre

A Apple se tornou nesta quinta-feira, 2, a primeira empresa americana a alcançar a marca de US$ 1 trilhão em valor de mercado. Durante o pregão da Nasdaq, as ações da empresa conseguiram superaram o preço de US$ 207,04, em alta de 2,8%, por volta das 12h50 (horário de Brasília) – valor que, multiplicado pelas 4,842 milhões de ações que a empresa tem, alcança o recorde histórico. 

Na última quarta-feira, 1, a empresa já havia batido na trave: suas ações subiram 5,9%, negociadas a US$ 201,50, fazendo a empresa ser avaliada em US$ 973 bilhões. 

O otimismo dos investidores se deve aos bons resultados apresentados pela empresa na última terça-feira, em seu balanço para o período entre abril e junho de 2018. Destaque para a alta de 17% na receita, graças às boas vendas do iPhone X, modelo mais caro de seu smartphone, vendido por US$ 1 mil nos EUA e R$ 7 mil no Brasil, e a alta do faturamento da empresa com serviços como a loja de aplicativos App Store e o serviço de streaming Apple Music. 

Os 20 fatos mais importantes da história da Apple

  •      
1976

Foto: Wikimedia Commons

A Apple Computer foi fundada pelos amigos Steve Jobs e Steve Wozniak em 1º de abril de 1976, no ‘Dia da Mentira’. O primeiro computador criado por eles, o Apple I, era baseado em uma placa de circuito. Ele foi apresentado em uma reunião de um clube de entusiastas dos computadores.

1977

Foto: Wikimedia Commons

O Apple II, primeiro computador pessoal com interface gráfica e gabinete plástico, é revelado pela fabricante em Palo Alto, na Califórnia.

1983

Foto: Wikimedia Commons

Lançado em janeiro de 1983 por quase US$ 10 mil (o equivalente a US$ 23 mil hoje), o computador Lisa foi o primeiro com uma interface gráfica e um mouse. Ele tinha 1 MB de memória RAM, dois drives de disquete e um disco rígido com capacidade de armazenamento de 5 MB. O nome do computador foi uma homenagem de Jobs a sua filha, Lisa Nicole Brennan.

1984

Foto: Reuters

Projetado por Jef Raskin, o primeiro Macintosh surgiu em janeiro de 1984. O grande destaque da máquina era seu sistema operacional inovador. Diferentemente do MS-DOS, o MacOS 1.0 foi projetado para funcionar com interface gráfica e mouse, o que facilitou a experiência do usuário. 

1985

Foto: Reuters

Em maio de 1985, com o desaquecimento das vendas do Macintosh, o conselho de administração da empresa decidiu demitir Steve Jobs.

1993

Foto: Wikimedia Commons

A Apple lança o Newton Message Pad, seu primeiro dispositivo portátil com tela sensível ao toque. O aparelho já contava com algumas ferramentas disponíveis nos atuais smartphones, como endereço de contatos, calendário e e-mail. 

1997

Foto: Reuters

Após registrar perdas de US$ 1,8 bilhão, a Apple volta a contratar Steve Jobs como seu presidente executivo em setembro de 1997.

1998

Foto: Wikimedia Commons

O primeiro iMac chegou ao mercado em agosto de 1998. O computador revolucionou o design colorido dos computadores, que eram empacotados em gabinetes na cor preta. Ele também foi inovador por agrupar, em uma mesma estrutura, componentes como a CPU, monitor e drive de CD. O conceito do produto foi criado pelo atual vice-presidente da Apple, Jonathan Ive.

2001

Foto: Reuters

O tocador de música portátil iPod foi lançado em 2001 e teve sucesso instantâneo no mercado por sua interface simples para o usuário, centrada no uso de botões dispostos em um formato circular. Era a primeira vez que as pessoas podiam carregar sua biblioteca de músicas digitais por aí.

2003

Foto: Reprodução

A empresa inaugura a iTunes Store, loja virtual que possibilitou aos usuários comprar e fazer download de músicas, livros de áudio, filmes e programas de TV online. O modelo representou uma mudança radical no mercado musical, que já sofria com a distribuição de cópias piratas em formato MP3.

2007

Foto: Reuters

Em junho de 2007, a empresa começou a explorar o segmento de celulares com o lançamento do iPhone, que trazia algumas funções do iPod. O smartphone popularizou a utilização de superfícies sensíveis ao toque. 

2010

Foto: Reuters

Após o sucesso do iPhone, a Apple criou o iPad, lançando os tablets como um novo segmento de produtos no mercado. O iPad foi apresentado como um dispositivo intermediário, entre o MacBook e o iPhone.

2011

Foto: Reuters

Em janeiro de 2011, Steve Jobs sai pela segunda vez de licença médica para tratar de um câncer no pâncreas diagnosticado em 2004. Poucos meses depois, em agosto, ele deixou o cargo de presidente executivo da Apple.

2011

Foto: Reuters

Steve Jobs faleceu em outubro de 2011, devido a complicações em seu estado de saúde. A morte do executivo ocorreu pouco mais de um mês depois de a Apple anunciar que Tim Cook assumiria a presidência da empresa.

2015

Foto: Reuters

Em meio às dúvidas relacionadas sobre se o futuro da Apple pós-Steve Jobs, a empresa lançou o relógio inteligente Apple Watch em abril de 2015. Com o dispositivo, que chegou ao mercado meses depois de seus principais concorrentes, a companhia trouxe para o pulso dos usuários alguns dos principais recursos do iPhone. 

2017

Foto: Peter Bittner/The New York Times

Inaugurada em abril de 2017 na cidade de Cupertino, a nova sede da Apple, chamada de Apple Park foi um projeto que contou com a ajuda de Steve Jobs, antes de sua morte. Com design moderno, o local foi construído para ser ocupado por até 14,2 mil pessoas. A sede custou US$5 bilhões para a empresa.

2018

Foto: REUTERS/Heinz-Peter Bader

Em agosto de 2018, a fabricante do iPhone atingiu o valor de mercado de US$ 1 trilhão e se tornou a primeira empresa americana a atingir a marca. O resultado se deve aos bons números do balanço trimestral divulgado pela empresa no final de julho, que mostraram uma alta de 17% na receita, graças às boas vendas do iPhone X -- aparelho mais caro da marca.

Março de 2019

Foto: Stephen Lam/Reuters

Em 25 de março, a empresa finalmente revelou estar produzindo conteúdo para o seu serviço de streaming, o Apple TV+. A Apple alistou diversas celebridades, comediantes e apresentadores para falar do novo serviço de streaming:  Steven Spielberg, Reese Witherspoon, Jennifer Aniston, Steve Carell e Oprah Winfrey. Todos eles terão programas na nova platforma, que ainda não tem data de lançamento. 

Junho de 2019

Foto: Jim Wilson/The New York Times

Responsável por criar projetos icônicos, como o do iPod, do iPhone e do iMac, o inglês Sir Jonathan Ive deixou a Apple em junho de 2019. Ele era considerado por Steve Jobs como "a pessoa com maior poder operacional dentro da Apple". Segundo o Wall Street Journal, ele estava insatisfeito com os rumos dados por Tim Cook à companhia. 

2020

Foto: Reuters/Arnd Wiegmann

Em agosto, a Apple se tornou a primeira empresa americana a alcançar o valor de US$ 2 trilhões. Até meados de março, o valor da Apple estava abaixo de US$ 1 trilhão, após uma queda acentuada no mercado de ações por medo do coronavírus, mas a valorização das ações elevou o capital da empresa. Enquanto a empresa levou 42 anos para chegar ao valor de US$ 1 trilhão, foram necessários apenas dois anos para dobrar o seu valor. 

A expectativa em torno da quebra da marca surgiu há meses no mercado de tecnologia: afinal, empresas como Amazon e Alphabet (holding que controla o Google) também disputam o "troféu", embora ainda estejam abaixo dos US$ 900 bilhões – respectivamente, as empresas valem US$ 876 bilhões e US$ 848 bilhões.  

Em uma perspectiva histórica, a Apple não será, porém, a primeira companhia a atingir a marca de US$ 1 trilhão. Segundo a The Economist, a britânica Companhia das Índias Orientais e a Standard Oil, da família Rockfeller, já estiveram no mesmo clube, com atualização dos valores pela inflação. A chinesa PetroChina chegou a ter esse valor durante 15 dias em 2007, durante forte movimento especulativo na bolsa de Xangai. 

Um aspecto curioso é que a Apple pode atingir a marca histórica de US$ 1 trilhão apesar de ter cedido a vice-liderança em vendas de smartphones à chinesa Huawei – a líder isolada do setor é a Samsung, segundo consultorias de mercado como a IDC e a IHS Markit. Porém, conforme a própria empresa ressalta, seu “pulo do gato” não está na quantidade de aparelhos, mas no valor que os clientes estão dispostos a desembolsar para tê-los. 

Veja imagens da nova sede da Apple

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Nova sede da Apple

Foto: Reuters

Ônibus levavam funcionários para o prédio da nova sede da Apple, em Cupertino

Nova sede da Apple

Foto: Reuters

O prédio da Apple é um grande anel de vidro, que se assemelha a um disco voador, e pode ser um desafio para a movimentação interna. “Não é um prédio que maximiza a produtividade do escritório, mas cria um ícone”, disse Louise Mozingo, professora de arquitetura da Universidade de Berkeley, em entrevista à Reuters.

Nova sede da Apple

Foto: Reuters

Quando estiver completa, a sede será o local de trabalho de 14,2 mil pessoas, de acordo com a descrição do projeto divulgada em 2013

Nova sede da Apple

Foto: Reuters

Os operários da nova sede, que chegam a 13 mil pessoas, contam que há detalhes curiosos no prédio: os botões de elevadores, por exemplo, lembram o botão principal do iPhone.

Nova sede da Apple

Foto: Reuters

A nova sede da Apple foi um dos últimos projetos de Steve Jobs, cofundador da companhia e morto em 2011.

Nova sede da Apple

Foto: Reuters

O novo prédio da Apple, projetado por Steve Jobs, deverá ser inaugurado ainda no segundo semestre deste ano.

Fundada em 1976 como Apple Computer por Steve Jobs e Steve Wozniak, na garagem de Jobs, a Apple se tornou hoje uma empresa cuja receita é maior que o PIB de países como Portugal e Nova Zelândia. Ao longo do tempo, ela mudou diversas vezes a forma como consumidores utilizam tecnologia e como negócios são conduzidos – primeiro, ao participar da revolução dos computadores pessoais; depois, ao introduzir o primeiro smartphone a se popularizar no mundo, o iPhone. 

Hoje, seu valor de mercado é maior que a capitalização combinada de empresas como Exxon Mobil, Procter & Gamble e AT&T. Sozinha, ela é responsável por 4% do índice S&P 500, que mede o desempenho das principais empresas americanas. 

Nos anos 1980, após uma série de problemas, Jobs foi demitido da empresa. Voltou no final dos anos 1990 para ajudar a resgatá-la da bancarrota, lançando uma série de dispositivos que mudaram a história. Entre eles, estão o tocador de música iPod, o tablet iPad e o celular iPhone, lançado em 2007. Com ele, Jobs retirou o "Computer" do nome da empresa e acelerou uma nova indústria, surpreendendo rivais como Microsoft, Intel, Samsung e Nokia.

Mais do que isso, ao unir num aparelho um computador de bolso, uma conexão à internet e diversas ferramentas, como câmeras fotográficas e GPS, ajudou a revolucionar diversas indústrias – dos transportes à fotografia. Em 2011, após as primeiras iterações do iPhone, a Apple ultrapassou a petroleira Exxon Mobil como maior empresa americana, em valor de mercado. 

Em 2006, no ano anterior ao lançamento do iPhone, a Apple gerava menos de US$ 20 bilhões em receitas e tinha lucros de US$ 2 bilhões. No ano passado, suas vendas subiram para US$ 229 bilhões e seu lucro foi de US$ 48,4 bilhões, sendo a mais lucrativa empresa americana listada em bolsa. 

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