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Apple atinge marca histórica de US$ 1 trilhão em valor de mercado

Ações da empresa superaram a marca de US$ 207,04; otimismo de investidores com iPhone e serviços 'carregaram' fabricante para recorde

Por Redação Link
Atualização:
Apple atinge a marca de US$ 1 trilhão após valorização Nasdaq Foto: Mike Segar/Reuters

A Apple se tornou nesta quinta-feira, 2, a primeira empresa americana a alcançar a marca de US$ 1 trilhão em valor de mercado. Durante o pregão da Nasdaq, as ações da empresa conseguiram superaram o preço de US$ 207,04, em alta de 2,8%, por volta das 12h50 (horário de Brasília) – valor que, multiplicado pelas 4,842 milhões de ações que a empresa tem, alcança o recorde histórico. 

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Na última quarta-feira, 1, a empresa já havia batido na trave: suas ações subiram 5,9%, negociadas a US$ 201,50, fazendo a empresa ser avaliada em US$ 973 bilhões. 

O otimismo dos investidores se deve aos bons resultados apresentados pela empresa na última terça-feira, em seu balanço para o período entre abril e junho de 2018. Destaque para a alta de 17% na receita, graças às boas vendas do iPhone X, modelo mais caro de seu smartphone, vendido por US$ 1 mil nos EUA e R$ 7 mil no Brasil, e a alta do faturamento da empresa com serviços como a loja de aplicativos App Store e o serviço de streaming Apple Music. 

A expectativa em torno da quebra da marca surgiu há meses no mercado de tecnologia: afinal, empresas como Amazon e Alphabet (holding que controla o Google) também disputam o "troféu", embora ainda estejam abaixo dos US$ 900 bilhões – respectivamente, as empresas valem US$ 876 bilhões e US$ 848 bilhões.

Em uma perspectiva histórica, a Apple não será, porém, a primeira companhia a atingir a marca de US$ 1 trilhão. Segundo a The Economist, a britânica Companhia das Índias Orientais e a Standard Oil, da família Rockfeller, já estiveram no mesmo clube, com atualização dos valores pela inflação. A chinesa PetroChina chegou a ter esse valor durante 15 dias em 2007, durante forte movimento especulativo na bolsa de Xangai. 

Um aspecto curioso é que a Apple pode atingir a marca histórica de US$ 1 trilhão apesar de ter cedido a vice-liderança em vendas de smartphones à chinesa Huawei – a líder isolada do setor é a Samsung, segundo consultorias de mercado como a IDC e a IHS Markit. Porém, conforme a própria empresa ressalta, seu “pulo do gato” não está na quantidade de aparelhos, mas no valor que os clientes estão dispostos a desembolsar para tê-los. 

Fundada em 1976 como Apple Computer por Steve Jobs e Steve Wozniak, na garagem de Jobs, a Apple se tornou hoje uma empresa cuja receita é maior que o PIB de países como Portugal e Nova Zelândia. Ao longo do tempo, ela mudou diversas vezes a forma como consumidores utilizam tecnologia e como negócios são conduzidos – primeiro, ao participar da revolução dos computadores pessoais; depois, ao introduzir o primeiro smartphone a se popularizar no mundo, o iPhone. 

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Hoje, seu valor de mercado é maior que a capitalização combinada de empresas como Exxon Mobil, Procter & Gamble e AT&T. Sozinha, ela é responsável por 4% do índice S&P 500, que mede o desempenho das principais empresas americanas. 

Nos anos 1980, após uma série de problemas, Jobs foi demitido da empresa. Voltou no final dos anos 1990 para ajudar a resgatá-la da bancarrota, lançando uma série de dispositivos que mudaram a história. Entre eles, estão o tocador de música iPod, o tablet iPad e o celular iPhone, lançado em 2007. Com ele, Jobs retirou o "Computer" do nome da empresa e acelerou uma nova indústria, surpreendendo rivais como Microsoft, Intel, Samsung e Nokia.

Mais do que isso, ao unir num aparelho um computador de bolso, uma conexão à internet e diversas ferramentas, como câmeras fotográficas e GPS, ajudou a revolucionar diversas indústrias – dos transportes à fotografia. Em 2011, após as primeiras iterações do iPhone, a Apple ultrapassou a petroleira Exxon Mobil como maior empresa americana, em valor de mercado. 

Em 2006, no ano anterior ao lançamento do iPhone, a Apple gerava menos de US$ 20 bilhões em receitas e tinha lucros de US$ 2 bilhões. No ano passado, suas vendas subiram para US$ 229 bilhões e seu lucro foi de US$ 48,4 bilhões, sendo a mais lucrativa empresa americana listada em bolsa. 

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