Os novos iPhones deverão ter telas de tamanhos diferentes e novas tecnologias
A Apple atingiu nessa segunda-feira, 13, um recorde histórico de valorização de suas ações: no final do dia, os papeis da empresa se valorizaram 0,9%, chegando a US$ 133,29 – 29 centavos a mais do que o recorde anterior, de US$ 133, alcançado em 23 de fevereiro de 2015.
Com a valorização, o valor de mercado de empresa chegou a US$ 699 bilhões, e ajudou o índice S&P 500, que mede as 500 maiores empresas listadas na bolsa norte-americana, a chegar pela primeira vez à marca de US$ 20 trilhões. Hoje, a Apple vale, sozinha, 3,5% do índice S&P 500.
É o apse de um movimento recente de valorização e mudança da Apple: fundos de hedge, mais agressivos, começaram a reduzir sua participação dentro da Apple – é o caso, por exemplo, de megainvestidores como George Soros e Carl Icahn. Por outro lado, fundos mais tradicionais, como o Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, decidiram apostar na empresa – em agosto último, o Berkshire disse ter aumentado sua participação na Apple em 55%, para 15 milhões de papeis – hoje, valendo perto de US$ 2 bilhões.
Por enquanto, a empresa cresceu 15% em seu valor de mercado em 2017 – mas ainda está um bocado longe de alcançar seu recorde histórico de negociação durante um dia, que foi de US$ 134,54, em abril de 2015.
A valorização da segunda foi impulsionada por um relatório da analista Simona Jankowski, do Goldman Sachs, que disse esperar que as ações da Apple valham US$ 150 num futuro próximo, por conta da edição de 10 anos do iPhone, prevista para o final desse ano, e o interesse da Apple pelo mercado de realidade aumentada.
Em 31 de janeiro, a empresa demonstrou queda de 8% em seu faturamento durante todo o ano de 2016. A expectativa de Wall Street, porém, é de que a empresa volte a crescer em 2017.
Os 21 fatos mais importantes da história da Apple
A Apple Computer foi fundada pelos amigos Steve Jobs e Steve Wozniak em 1º de abril de 1976, no ‘Dia da Mentira’. O primeiro computador criado por eles, o Apple I, era baseado em uma placa de circuito. Ele foi apresentado em uma reunião de um clube de entusiastas dos computadores.
O Apple II, primeiro computador pessoal com interface gráfica e gabinete plástico, é revelado pela fabricante em Palo Alto, na Califórnia.
Lançado em janeiro de 1983 por quase US$ 10 mil (o equivalente a US$ 23 mil hoje), o computador Lisa foi o primeiro com uma interface gráfica e um mouse. Ele tinha 1 MB de memória RAM, dois drives de disquete e um disco rígido com capacidade de armazenamento de 5 MB. O nome do computador foi uma homenagem de Jobs a sua filha, Lisa Nicole Brennan.
Projetado por Jef Raskin, o primeiro Macintosh surgiu em janeiro de 1984. O grande destaque da máquina era seu sistema operacional inovador. Diferentemente do MS-DOS, o MacOS 1.0 foi projetado para funcionar com interface gráfica e mouse, o que facilitou a experiência do usuário.
Em maio de 1985, com o desaquecimento das vendas do Macintosh, o conselho de administração da empresa decidiu demitir Steve Jobs.
A Apple lança o Newton Message Pad, seu primeiro dispositivo portátil com tela sensível ao toque. O aparelho já contava com algumas ferramentas disponíveis nos atuais smartphones, como endereço de contatos, calendário e e-mail.
Após registrar perdas de US$ 1,8 bilhão, a Apple volta a contratar Steve Jobs como seu presidente executivo em setembro de 1997.
O primeiro iMac chegou ao mercado em agosto de 1998. O computador revolucionou o design colorido dos computadores, que eram empacotados em gabinetes na cor preta. Ele também foi inovador por agrupar, em uma mesma estrutura, componentes como a CPU, monitor e drive de CD. O conceito do produto foi criado pelo atual vice-presidente da Apple, Jonathan Ive.
O tocador de música portátil iPod foi lançado em 2001 e teve sucesso instantâneo no mercado por sua interface simples para o usuário, centrada no uso de botões dispostos em um formato circular. Era a primeira vez que as pessoas podiam carregar sua biblioteca de músicas digitais por aí.
A empresa inaugura a iTunes Store, loja virtual que possibilitou aos usuários comprar e fazer download de músicas, livros de áudio, filmes e programas de TV online. O modelo representou uma mudança radical no mercado musical, que já sofria com a distribuição de cópias piratas em formato MP3.
Em junho de 2007, a empresa começou a explorar o segmento de celulares com o lançamento do iPhone, que trazia algumas funções do iPod. O smartphone popularizou a utilização de superfícies sensíveis ao toque.
Após o sucesso do iPhone, a Apple criou o iPad, lançando os tablets como um novo segmento de produtos no mercado. O iPad foi apresentado como um dispositivo intermediário, entre o MacBook e o iPhone.
Em janeiro de 2011, Steve Jobs sai pela segunda vez de licença médica para tratar de um câncer no pâncreas diagnosticado em 2004. Poucos meses depois, em agosto, ele deixou o cargo de presidente executivo da Apple.
Steve Jobs faleceu em outubro de 2011, devido a complicações em seu estado de saúde. A morte do executivo ocorreu pouco mais de um mês depois de a Apple anunciar que Tim Cook assumiria a presidência da empresa.
Em meio às dúvidas relacionadas sobre se o futuro da Apple pós-Steve Jobs, a empresa lançou o relógio inteligente Apple Watch em abril de 2015. Com o dispositivo, que chegou ao mercado meses depois de seus principais concorrentes, a companhia trouxe para o pulso dos usuários alguns dos principais recursos do iPhone.
Inaugurada em abril de 2017 na cidade de Cupertino, a nova sede da Apple, chamada de Apple Park foi um projeto que contou com a ajuda de Steve Jobs, antes de sua morte. Com design moderno, o local foi construído para ser ocupado por até 14,2 mil pessoas. A sede custou US$5 bilhões para a empresa.
Em agosto de 2018, a fabricante do iPhone atingiu o valor de mercado de US$ 1 trilhão e se tornou a primeira empresa americana a atingir a marca. O resultado se deve aos bons números do balanço trimestral divulgado pela empresa no final de julho, que mostraram uma alta de 17% na receita, graças às boas vendas do iPhone X -- aparelho mais caro da marca.
Em 25 de março, a empresa finalmente revelou estar produzindo conteúdo para o seu serviço de streaming, o Apple TV+. A Apple alistou diversas celebridades, comediantes e apresentadores para falar do novo serviço de streaming: Steven Spielberg, Reese Witherspoon, Jennifer Aniston, Steve Carell e Oprah Winfrey. Todos eles terão programas na nova platforma, que ainda não tem data de lançamento.
Responsável por criar projetos icônicos, como o do iPod, do iPhone e do iMac, o inglês Sir Jonathan Ive deixou a Apple em junho de 2019. Ele era considerado por Steve Jobs como "a pessoa com maior poder operacional dentro da Apple". Segundo o Wall Street Journal, ele estava insatisfeito com os rumos dados por Tim Cook à companhia.
Em agosto, a Apple se tornou a primeira empresa americana a alcançar o valor de US$ 2 trilhões. Até meados de março, o valor da Apple estava abaixo de US$ 1 trilhão, após uma queda acentuada no mercado de ações por medo do coronavírus, mas a valorização das ações elevou o capital da empresa. Enquanto a empresa levou 42 anos para chegar ao valor de US$ 1 trilhão, foram necessários apenas dois anos para dobrar o seu valor.
Não é todo dia que a gente vê a Apple recuar de alguma decisão, mas, neste ano, a empresa californiana se viu pressionada a voltar atrás em uma ação que pretendia vasculhar as fotos de usuários do iCloud, serviço de nuvem da empresa, em busca de imagens de menores que pudessem configurar pedofilia. A medida, segundo a Apple, visava assegurar que o conteúdo não fosse adicionado na plataforma, mas enfrentou grandes críticas pela preocupação com mecanismos de privacidade dos aparelhos e o acesso da empresa a arquivos pessoais