A Apple está interessada em disputar o emergente mercado de tecnologia de realidade virtual, a exemplo de outras grandes empresas do setor de tecnologia, como Google, Facebook, Sony e Samsung. Recentemente, a empresa contratou um importante pesquisador em realidade virtual e aumentada.
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De acordo com o jornal Financial Times, o ex-diretor do centro para interação entre humanos e computadores da Universidade Virginia Tech, Doug Bowman, agora faz parte do quadro de funcionários da empresa. Na universidade, Bowman pesquisava os benefícios da imersão em ambientes virtuais e coordenou grupos de interação em três dimensões (3D).
Em novembro do ano passado, o pesquisador recebeu US$ 100 mil da Microsoft para conduzir uma pesquisa com os óculos de realidade aumentada Hololens.
A Apple já havia apresentado indícios de seu interesse em entrar no terreno da realidade virtual. Em fevereiro do ano passado, a companhia registrou uma patente que conecta o smartphone a óculos especiais – conceito parecido com o adotado pelo Gear VR, da rival Samsung.
Em maio de 2015, ela adquiriu a Metaio, empresa alemã que desenvolve um projeto de realidade aumentada capaz de transformar qualquer superfície em uma tela sensível ao toque.
Corrida. Caso as expectativas do mercado sobre a entrada da Apple no mercado de realidade virtual se confirmem, ainda assim a empresa estará bem atrás das concorrentes, que já exploram o mercado há mais tempo.
É o caso do Facebook, que comprou a startup Oculus por US$ 2 bilhões e iniciou recentemente a pré-venda do Oculus Rift. Outra empresa que se movimenta nessa direção é a Alphabet, holding que inclui o Google. Ela mantém uma divisão focada em realidade virtual. Dispositivos da Sony e HTC também devem chegar ao mercado ainda neste ano.
Segundo previsão do banco de investimentos Goldman Sachs, o mercado para estes aparelhos chegará a US$ 80 bilhões em 2025. “Com o avanço da tecnologia, preços mais baratos e novos aplicativos, a realidade virtual e a aumentada têm o potencial de gerar uma indústria multibilionária”, escreveram os analistas do Goldman Sachs em um relatório, há duas semanas.