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Apple cresce lucro para US$ 25 bilhões e destoa de outras Big Techs

Dona do iPhone teve o melhor trimestre da história da companhia, aumentando vendas em iPhone e serviços digitais, os dois principais negócios da marca

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Por Guilherme Guerra
Atualização:
Apple divulga valores de seu balanço Foto: REUTERS/Dado Ruvic

Apple apresentou nesta quinta-feira, 28, um resultado financeiro que destoa do mau tempo que se instalou nos balanços de outras Big Techs, animando o mercado financeiro, que fez as ações da empresa subirem 2% após o pregão de hoje. As previsões para o resto de 2022, porém, afundaram as ações da companhia, em queda de 4,2% por volta das 18 horas do horário de Brasília.

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O lucro da empresa foi de US$ 25 bilhões no trimestre encerrado em março de 2022. No mesmo período de 2021, a quantia foi de US$ 23,6 bilhões, alta de 9% na comparação.

O resultado é o melhor da história da empresa, que registrou US$ 97,2 bilhões em receita — investidores esperavam uma cifra de US$ 93,8 bilhões para o período.

Em produtos, a Apple faturou cerca de US$ 50,5 bilhões com o smartphone da marca (representando 52% do total), impulsionado pela venda da família do iPhone 13, revelada em setembro de 2021 e carro-chefe da marca. A companhia atribui o bom resultado aos "switchers", usuários que abandonaram o rival Android para entrar no ecossistema da Maçã.

Já os serviços (categoria que inclui assinaturas de músicas, filmes e séries, exercícios, jogos e nuvem) registraram US$ 19,8 bilhões de receita (20%). Atualmente, possui 825 milhões de assinantes pagos em todo o mundo, afirma o balanço. A categoria consolida-se como o maior acerto do presidente-executivo Tim Cook para o negócio da empresa, que tenta diversificar seu portfólio para além dos dispositivos eletrônicos da marca.

Em seguida, a receita gerada pelos computadores Mac somou US$ 10,4 bilhões, seguida da categoria de Outros Produtos (que inclui os vestíveis, como relógio inteligente Apple Watch e os fones AirPods) totaliza aproximadamente US$ 8,8 bilhões.

Por fim, a venda do iPad somou US$ 7,6 bilhões — única categoria que apresentou retração na comparação com o mesmo trimestre de 2021, quando registrou US$ 7,8 bilhões em vendas. A queda é atribuída a problemas na cadeia de suprimentos, que dificultou a produção do tablet da marca.

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A Apple não ofereceu previsões aos analistas sobre os próximos meses de 2022. Porém, o presidente executivo de finanças da Apple, Luca Maestri, adiantou que o atual trimestre, a ser encerrado em junho, apresenta problemas na cadeia de suprimentos, com novos lockdowns na China, onde estão as principais fábricas da empresa, e eventual piora da crise sanitária no país asiático.

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