Apple deve tomar medidas contra ‘vício de jovens em iPhones’, dizem investidores

Jana Partners e CaISTRS têm US$ 2 bilhões em ações da empresa e estão preocupados com queda de reputação da Apple

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Por Agências
Atualização:
A Apple reconheceu na semana passada pela primeira vez em detalhe que atualizações do sistema operacional divulgadas desde o ano passado para iPhone 6, iPhone 6S, iPhone SE e iPhone 7 incluíram um recurso para “suavizar” a fonte de alimentação das baterias Foto: Reuters

Dois acionistas da Apple estão pedindo que a fabricante de smarthphones tome medidas para lidar com o que eles chamam de “crescente vício de jovens em iPhones”. As instituições Jana Partners e o Sistema de Aposentadoria dos Professores do Estado da Califórnia (CalSTRS) enviaram uma carta à empresa no último sábado, 6, pedindo que a companhia avalie o impacto do uso do celular. Juntos, Jana e CaISTRS têm cerca de US$ 2 bilhões em ações da Apple.

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Segundo a publicação do jornal The Wall Street Journal, os acionistas pediram a Apple para que desenvolva um software que permita pais limitarem o uso do iPhone pelos seus filhos. Além disso, as duas instituições pediram para que a empresa estude o impacto do uso excessivo de celulares na saúde mental.

A questão do vício em telefone entre os jovens se tornou uma preocupação crescente nos Estados Unidos, com pais relatando que seus filhos não conseguem se afastar dos celulares. CalSTRS e Jana se preocupam que a reputação e as ações da Apple podem ser prejudicadas se não lidar com essas preocupações, diz a reportagem publicada no jornal.

O vício de jovens em smartphones  ganhou visibilidade quando a cantora e ex-atriz da Disney, Selena Gomez, 24, cancelou uma turnê mundial em 2016 para fazer terapia para tratar de depressão e baixa autoestima, sentimentos que ela relacionou ao seu vício em redes sociais e ao aplicativo de compartilhamento de fotos Instagram. A Apple não comentou a carta.

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