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Apple: iPhone e streaming garantem trimestre positivo para companhia

Empresa surpreendeu mercado e registrou receita de US$ 82,9 bilhões; empresa teve crescimento de dois dígitos no Brasil

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Por Guilherme Guerra
Atualização:
Além do iPhone, Apple vem apostando no segmento de serviços de assinatura para gerar receita na companhia Foto: Dado Ruvic/Reuters - 28/3/2018

O novo iPhone 13 e os serviços de streaming da Apple foram os principais pilares da companhia no segundo trimestre de 2022, engordando a receita para a cifra recorde de US$ 82,9 bilhões no período - acima dos US$ 82,8 bilhões esperados pelo mercado. O valor foi revelado no balanço financeiro da empresa nesta quinta-feira, 28. 

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Em meio a problemas na cadeia de suprimentos, que afetam principalmente a produção de aparelhos eletrônicos, o smartphone da Apple representou US$ 40,1 bilhões em vendas, alta de 3% com os mesmos três meses de 2021. Já a categoria de serviços (que inclui música, filmes, games,  exercícios e nuvem) somou US$ 19,6 bilhões, alta de 13% sobre o mesmo período do ano passado.

Outros produtos da Apple encolheram no período, no entanto. Computadores Mac, tablets iPad e acessórios vestíveis (Apple Watch, AirPods) encolheram, respectivamente, 10%, 2% e 8%, respectivamente.

Na comparação entre o 2.º trimestre de 2022 com o mesmo período do ano passado, o lucro da Apple caiu de US$ 21,7 bilhões para US$ 19,4 bilhões.

Em chamada com investidores, Tim Cook destacou o desempenho da Apple em países emergentes, entre eles o Brasil. Segundo o executivo, a companhia registrou crescimento de dois dígitos no País - desempenho obtido também na Indonésia, e no Vietnam. Além disso, a empresa dobrou de tamanho na Índia.

Para a companhia, o cenário dos últimos três meses foi desafiador, sem detalhar o que esperar no segundo semestre de 2022 — a empresa não fornece projeções econômicas a investidores desde o início da pandemia de covid-19.

Em entrevista ao canal de televisão americano CNBC logo após a divulgação do balanço, o presidente executivo da Apple, Tim Cook, apontou os obstáculos para a empresa para os próximos meses.  “Vemos a inflação em nossa estrutura de custos. E vemos logística, salários e certos componentes de silício. E estamos contratando, mas de forma deliberada”, declarou o CEO.

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O chefe de finanças da companhia, Luca Maestri, afirmou em nota que o trimestre provou a “nossa habilidade em gerenciar nosso negócio efetivamente, a despeito do cenário operacional desafiador”, declarou. Ele acrescenta que, no período, a Apple registrou pico no número de base instalada de aparelhos ativos em todas as geografias e categorias de produtos. 

Após a divulgação do balanço, as ações da Apple subiam a quase 4% no pós-mercado por volta das 18 horas do horário de Brasília.

China desacelera

Tido como uma das principais apostas da Apple nos últimos anos, a China continental encolheu em receita para a companhia. O país asiático registrou US$ 14,6 bilhões em vendas no trimestre encerrado em junho passado, ante US$ 14,7 bilhões do mesmo período de 2021. No semestre passado, a China levantou preocupações de analistas em todo o mundo, com a manutenção da política de covid zero, fechamento de fábricas e problemas na cadeia de suprimentos.

O Japão também encolheu de US$ 6,4 bilhões em 2021 para US$ 5,4 bilhões neste ano. Outros mercados asiáticos cresceram para US$ 6,1 bilhões neste ano, ante os US$ 5,3 bilhões do ano passado.

As Américas continuam como o principal bloco regional para a Apple, somando US$ 37,4 bilhões — alta de 4,4%. Europa registrou US$ 19,2 bilhões, em alta de 1,5%.

Mais informações em instantes.

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