Apple sofre com crise mundial de chips e decepciona investidores no trimestre

Segundo Tim Cook, os problemas na cadeia de suprimentos tiveram um impacto de, pelo menos, US$ 6 bilhões

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Por Andre Jankavski
Atualização:
Balanço a Apple foi divulgado nesta quarta-feira, 27 Foto: Mike Segar/Reuters

A crise mundial de semicondutores impactou os resultados da Apple no trimestre encerrado em setembro. Em balanço financeiro divulgado nesta quinta-feira, 28, a empresa registrou um aumento nas vendas de 29%, a US$ 83,4 bilhões. O problema é que os analistas de Wall Street esperavam mais, com o faturamento sendo puxado principalmente pelas vendas do novo iPhone 13, lançado no mês passado. A companhia comandada por Tim Cook também apresentou um lucro de US$ 20,5 bilhões no trimestre. 

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Com isso, a Apple encerrou o seu ano fiscal com um faturamento de US$ 297,4 bilhões e um lucro de US$ 94,7 bilhões. 

Segundo Cook, os problemas na cadeia de suprimentos tiveram um impacto de, pelo menos, US$ 6 bilhões. Em entrevista à agência de notícias Reuters, o executivo afirmou que os problemas nessa área foram "maiores do que o esperado." 

"Estamos fazendo tudo o que podemos para conseguir mais (chips) e também estamos fazendo tudo para operacionalizar e ter certeza que estamos nos movimentando o mais rápido possível", disse Cook.

Apesar dos problemas com os semicondutores, a Apple apresentou alta das vendas em todas as suas linhas de negócio. Os iPhones, que representaram cerca de 47% de todo o faturamento, tiveram vendas também 47% superiores em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, a US$ 38,9 bilhões. Analistas esperavam vendas acima de US$ 40 bilhões. 

Enquanto isso, a área de serviços, que conta com produtos como a Apple TV e o Apple Music, além da App Store, tiveram uma alta de 26%. A linha de iPads registrou alta de 20%, enquanto a área de relógios inteligentes e aparelhos para casa registrou crescimento de 13%. Por último, a venda de computadores e notebooks cresceu 2%. 

Um ponto que os analistas comemoraram foi o forte crescimento das vendas na China, que tiveram uma alta de 83%, chegaram US$ 14,6 bilhões. 

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Após o fechamento do mercado, as ações da companhia caíam por volta de 4%.

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