Ataque hacker compromete 22 voos de companhia aérea

Episódio ocorrido na Polônia chama atenção para vulnerabilidades em toda a indústria

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Por Redação Link
Atualização:

Reprodução

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Após sofrer um ataque de hackers, a companhia polonesa de aviação LOT ficou impedida de decolar voos durante cinco horas no aeroporto de Varsóvia, na Polônia. O ataque, ocorrido no domingo, impossibilitou a criação dos planos de voo até que o sistema fosse normalizado, o que cancelou 10 voos e atrasou outros 12. Ao todo, mais de 1,4 mil passageiros foram afetados pela invasão.

Representantes da companhia aérea afirmam que em nenhum momento a segurança dos passageiros, no ar ou em terra, foi colocada em risco, uma vez que apenas o procedimento de decolagem foi prejudicado. Autoridades estão investigando o caso e não houve registro de ataque a sistemas de outros aeroportos.

Para o porta-voz da companhia, Adrian Kubicki, o episódio chama atenção para vulnerabilidades em toda a indústria. “Estamos usando sistemas de computador de última geração. Potencialmente, essa invasão pode representar uma ameaça a outras empresas do ramo”, analisou.

O episódio é um dos raros casos no mundo em que um ataque cibernético afetou a programação de voo de uma companhia. Em abril, um renomado pesquisador norte-americano, Chris Roberts, postou no Twitter uma mensagem sugerindo que teria hackeado o sistema de entretenimento de uma aeronave Boeing durante o voo. Assim que o voo aterrissou, ele foi levado pelas autoridades para prestar esclarecimentos e segue, desde então, sendo vigiado pelo FBI.

Em dezembro do ano passado, a firma Cylance, de Segurança da Informação, anunciou ter descoberto uma série de rastros de invasão nos sistemas de mais de 50 empresas em 16 países, inclusive na área de aviação. O relatório da empresa sugere que, pela extensão da invasão, o ataque teria autoria de um grupo superior a 20 hackers e origem no Irã.

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