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Atrasada, Microsoft ficou para trás na era dos smartphones

Empresa sofre com falta de parceiros e apps; para analistas, empresa devefocar em software, não em aparelhos

23/05/2016 | 05h00

  •      

 Por Bruno Capelas e Claudia Tozetto - O Estado de S.Paulo

Em 2013, quando a Microsoft pagou US$ 7,2 bilhões pela divisão de celulares da Nokia, muita gente acreditou que a empresa de Redmond tinha finalmente encontrado um jeito de ter sucesso no mercado de smartphones, depois de chegar atrasada em relação aos rivais Google e Apple. Três anos depois, o cenário é desanimador: segundo dados da consultoria IDC, apenas 29,2 milhões de aparelhos com Windows Phone foram vendidos em 2015 – 2% do total de 1,44 bilhão de dispositivos.

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Para 2016, as estimativas da consultoria americana são ainda piores: apenas 23,8 milhões de celulares com Windows Phone serão comercializados, fazendo a participação da empresa cair para 1,6% do total. Como se não bastasse, na última semana, a norte-americana se desfez do negócio de celulares básicos. “A Microsoft, com o tamanho que tem, saberia entrar em qualquer segmento em um ano, com um exército de gente poderosa em pesquisa e desenvolvimento. No mercado móvel, não deu certo”, diz Fernando Meirelles, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP).

Windows Phone é descontinuado principalmente por causa da escassez de aplicativos

MORRIS MAC MATZEN | REUTERS

Windows Phone é descontinuado principalmente por causa da escassez de aplicativos

Para analistas ouvidos pelo Estado, há vários motivos por trás do fracasso da Microsoft no mercado móvel. O atraso é o primeiro deles: enquanto a Apple apresentou o iPhone em 2007 e o primeiro celular com Android surgiu um ano depois, a Microsoft só apresentou seu Windows Phone em 2012, quando o mercado já estava maduro.

O modelo de negócios também foi um problema. “A Microsoft estava acostumada a ter um ‘quase’ monopólio em PCs. Na nova realidade, em que plataformas e atualizações são gratuitas e o dinheiro surge da publicidade, é difícil”, diz Oliver Roemerscheidt, diretor da GfK.

A empresa também teve dificuldades para “seduzir” os fabricantes de smartphones para seu sistema. Uma das únicas a topar a aventura foi a Nokia, com quem a norte-americana fechou uma parceria em 2011. Ao adquirir a fabricante, em 2013, a empresa tentou resolver o problema, mas o tiro saiu pela culatra. “Não é comprando uma empresa de hardware que você resolve um problema de software”, disse um analista que preferiu não se identificar.

Ecossistema. Outra dificuldade da Microsoft foi a de atrair os desenvolvedores de aplicativos: durante muito tempo, usuários do Windows Phone não tinham aplicativos de sucesso como WhatsApp, Snapchat, Waze e até mesmo o YouTube – e quando existiam, tinham poucas e demoradas atualizações.

“Os aplicativos é que definem como um smartphone vai ser usado. Se o seu app principal não funciona, o celular pode ter o melhor hardware, mas só vai servir para tirar fotos”, avalia o analista Diego Silva, da IDC Brasil.

O resultado é que, em julho de 2015, a Microsoft apontou perdas de US$ 7,6 bilhões ao superestimar o valor da Nokia e demitiu mais de 18 mil pessoas – entre empregados das duas empresas – desde a aquisição. “No fim das contas, os ativos da Nokia não se mostraram tão produtivos e interessantes como a ‘velha’ Microsoft poderia esperar”, avalia Adam Woodyer, vice-presidente de pesquisas da consultoria Gartner.

Saída. Apesar das dificuldades, a Microsoft revela não ter desistido da linha Lumia. “Nós racionalizamos a estratégia e vamos ter alguns dispositivos em faixas de preços mais altas, no mercado premium”, diz Paula Bellizia, presidente da empresa no País. A aposta acompanha o mercado – outros fabricantes também têm posicionado aparelhos em faixas mais altas –, mas ainda atende um nicho: segundo a IDC, 5,3% dos smartphones vendidos entre janeiro e março de 2016 custavam mais de R$ 3 mil. “Com aparelhos mais caros, a margem de lucro é melhor”, diz Silva, da IDC.

Para a maioria dos analistas, a salvação da Microsoft não está nos smartphones, mas no que está dentro deles: serviços, como o Office e a assistente pessoal Cortana. “A estratégia não é sobre ganhar com dispositivos, mas oferecer os melhores apps”, diz Woodyer, da Gartner. 

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