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BlaBlaCar vai começar a cobrar assinatura por caronas

Dois anos após chegada do serviço no País e com 1,6 milhão de usuários, app francês busca alternativas para começar a gerar receita por aqui

06/12/2017 | 05h00

  •      

 Por Claudia Tozetto - O Estado de S. Paulo

Identidade. Para Leite, BlaBlaCar ainda enfrenta desafio de mostrar que é diferente do Uber

Clayton de Souza/Estadão

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O serviço de carona compartilhada BlaBlaCar, que permite que motoristas ofereçam transporte a passageiros em viagens intermunicipais, está estudando cobrar uma assinatura para os clientes usarem o serviço no Brasil a partir de 2018. O aplicativo, que tem mais de 50 milhões de usuários em todo o mundo, alcançou 1,6 milhão de pessoas após dois anos de operação no País e, agora, busca uma forma de começar a gerar receita por aqui.

“Em todos os países onde o BlaBlaCar chega, não cobramos nada dos passageiros por um período”, explica o diretor geral da BlaBlaCar no Brasil, Ricardo Leite. “Ainda não há uma data certa, mas vamos começar a monetizar o serviço no Brasil no ano que vem.”

Criada em 2006, a BlaBlaCar é considerada uma das startups mais importantes da França, com valor de mercado estimado em US$ 1,5 bilhão. Frequentemente comparada ao aplicativo de carona paga Uber, a companhia adota um modelo de negócio diferente, baseado em motoristas que querem compartilhar só os custos de viagens de longa distância, e não lucrar. Em outros países, o app fica com uma fatia de até 15% do valor pago pela carona, em vez de cobrar uma assinatura.

Funciona assim: um motorista que vai viajar para determinada cidade pode anunciar no app que há espaço no seu carro. O serviço calcula o custo por pessoa de acordo com uma estimativa dos valores de combustível e pedágios. Quem se interessar reserva o assento e combina um ponto de encontro com o motorista por meio da plataforma. No dia da viagem, o pagamento é feito direto ao motorista.

A estratégia de não cobrar pelo serviço tem acelerado o crescimento da plataforma no País. Segundo Leite, o número de assentos oferecido na plataforma quadruplicou em 2017 e, no ano que vem, o objetivo é triplicar os resultados de 2017. “Sempre superamos nossas metas de crescimento para o Brasil”, diz o executivo. “Estamos tentando amplificar o hábito de combinar caronas nas redes sociais.”

Estratégia. Para o coordenador do centro de estudos em negócios do Insper, Paulo Furquim de Azevedo, a estratégia da BlaBlaCar de focar nas caronas de longa distância é inteligente, já que a companhia se mantém longe da forte concorrência do ambiente urbano, disputado por Uber, Cabify e 99. 

Segundo ele, porém, a decisão de cobrar pelo serviço pode aumentar o custo da carona, afastando os usuários. “Tenho dúvidas se é o momento certo de começarem a monetizar o serviço”, diz Furquim. “Cobrar uma mensalidade pode reduzir o número de passageiros na plataforma.” Com menos demanda de passageiros, os motoristas podem perder o interesse em anunciar suas corridas no aplicativo.

Para manter o ritmo de crescimento, Leite pretende estimular as caronas entre cidades pequenas e divulgar o aplicativo fora do Sudeste – hoje, a maior parte dos usuários está na região. “A maioria dos pequenos municípios são mal servidos pelas linhas de transporte público e as pessoas dependem do carro para se locomover.”

Além disso, na França, a companhia já testa um serviço de carona para pessoas que vivem em uma cidade e trabalham em outra, na região metropolitana. Ainda não há previsão, porém, para a nova modalidade chegar ao Brasil.

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  • Blablacar

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