Brasil é o terceiro país com mais vídeos removidos do TikTok

Relatório global da empresa afirmou que entre as categorias mais excluídas do app estão a segurança de menores e nudez

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Por Bruna Arimathea
Atualização:
Além da segurança de menores, o TikTok informou que outras categorias foram consideradas na hora de analisar vídeos na plataforma Foto: Shino Fukada/Bloomberg

O TikTok divulgou nesta quarta-feira, 24, seu relatório global de transparência relativo ao segundo semestre de 2020. No levantamento, a empresa afirmou que mais de 7 milhões de vídeos foram removidos no Brasil por violarem as diretrizes da comunidade ou os termos de serviço do app durante o período. 

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O relatório, referente aos meses de julho a dezembro, mostra que a maior causa de remoção dos conteúdos da plataforma foi relacionada à segurança de menores, com 36% do total analisado. São aqueles que trazem consumo explícito ou apologia ao uso de álcool, drogas ou “outros comportamentos que podem colocar em risco o bem-estar de menores”, informou o TikTok. Os dados foram computados a nível global.

Entre os vídeos removidos, o Brasil foi o terceiro país que mais apresentou ocorrências no app. Cerca de 7,5 milhões de publicações foram retiradas do ar no segundo semestre de 2020, somente atrás de Estados Unidos e Paquistão. A base de usuários no Brasil colabora para o número — de acordo com um levantamento da empresa GlobalWebIndex, no ano passado já eram mais de 7 milhões de brasileiros no aplicativo.

Além da segurança de menores, o TikTok informou que outras categorias foram consideradas na hora de analisar vídeos na plataforma. Entre as ocorrências estão nudez e atividade sexual de adultos, comportamento de ódio, suicídio e extremismo. 

As eleições americanas também foram um alvo do TikTok e aparecem com destaque no relatório. Segundo a empresa, o app se antecipou desde 2019 para evitar a disseminação de notícias falsas e outros conteúdos que pudessem prejudicar o eleitor americano. 

“Fizemos os investimentos corretos em ferramentas que nos permitiram reduzir de forma rápida e significativa a descoberta de desinformação e termos de incitamento. Passamos a redirecionar rapidamente hashtags enganosas para nossas Diretrizes da Comunidade em vez de mostrar resultados”, afirma o relatório.

Além de um guia com informações sobre a eleição, o app identificou hashtags e tirou do ar cerca de 347 mil vídeos sob acusação de desinformação eleitoral e mídia manipulada. 

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O número de contas removidas da plataforma ultrapassou os 6 milhões no mundo inteiro, pelos mesmos motivos de violação às diretrizes da comunidade — outras mais de 9 milhões de contas que faziam spam também foram excluídas. 

Olhando para a pandemia, o relatório ainda afirma que a central de informações direcionada para covid-19 recebeu mais de 2,6 bilhões de visualizações, enquanto 51,5 mil vídeos com desinformações sobre o vírus foram retirados da plataforma no mundo todo. 

*é estagiária sob supervisão do editor Bruno Romani 

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