Brasil tenta encerrar disputa pelo domínio '.amazon'

Os países que fazem fronteira com a Floresta Amazônica argumentam que o domínio faz referência à região e por isso pertence a eles e não deveria ser “monopólio de uma companhia"

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Por Agências
Atualização:
Amazon está há sete anos tentando assegurar o domínio '.amazon'para si Foto: REUTERS/Kim Kyung-Hoon

O Brasil propôs nesta quarta-feira, 3, que o domínio de internet “.amazon” tenha gestão compartilhada pela varejista online Amazon com todos os países que fazem fronteira com a Floresta Amazônica. As nações argumentam que o domínio faz referência à região, que pertence a elas, portanto não deveria ser “monopólio de uma companhia”.

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A Amazon está há sete anos tentando assegurar o domínio para si, enfrentando resistências. A região em questão abrange oito países: Brasil, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana e Suriname. 

“Como uma solução de compromisso para a questão do domínio ".amazon", nós propomos nossa participação na governança deste território digital, com uma visão de salvaguardar e promover a herança natural, cultural e simbólica da região amazônica na internet”, disse o secretário-geral de Relações Exteriores, Otávio Brandelli.

“Este seria um mecanismo inovador, criando um precedente positivo de parceria público-privada no desenvolvimento da governança da internet”, disse ele em comunicado à agência de notícias Reuters.

Brandelli não detalhou como o mecanismo de co-governança entre oito países e a Amazon vai funcionar. Mas ele afirmou que a proposta dá à empresa a chance de mostrar aos países amazônicos e à opinião pública que é uma “corporação totalmente responsável, capaz de conciliar interesses comerciais com valores queridos por seus clientes”.

A Corporação da Internet para Atribuição de Nomes e Números (ICANN, na sigla em inglês), órgão global que administra os endereços da internet, ampliou até este mês um prazo para que países amazônicos alcançassem um acordo com a Amazon.

Os países da região até agora rejeitaram as ofertas da Amazon que, segundo a imprensa, incluíram milhões de dólares em leitores digitais Kindle e serviços de hospedagem de dados.

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