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Broadcom deve manter interesse em compras após veto de Trump

Na última segunda-feira, presidente americano assinou ordem proibindo negociações da empresa de Singapura com a Qualcomm; para analistas, onda de consolidação do mercado de chips não acabou 

Por Agências
Atualização:
A Broadcom, de Cingapura, deve avaliar novas opções no mercado de semicondutores para reforçar sua posição Foto: Reuters/Mike Blake

O presidente executivo da Broadcom, Hock Tan, não deve desistir de fazer aquisições no mercado de semicondutores, mesmo depois de ver sua oferta de US$ 117 bilhões para adquirir a fabricante de chips Qualcomm ser vetada pelo presidente americano Doandl Trump. 

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Para analistas, a Broadcom pode estudar outras compras no mercado para se fortalecer, depois que Trump proibiu suas negociações com a rival americana, alegando questões de segurança nacional. Um de seus argumentos é de que a fusão daria vantagens à China na área de comunicações móveis. 

O presidente executivo da Broadcom tem uma inclinação a compras que tornou a Avago, a pequena fabricante de chips que comandava, com valor de mercado de apenas US$ 3,5 bilhões em 2009, em uma gigante avaliada em mais de US$ 100 bilhões. 

Tan comprou a Broadcom por US$ 37 bilhões em um acordo alavancado em 2015 e depois avançou no mercado com um acordo de US$ 5,5 bilhões para comprar a Brocade Communications dois anos depois.

Muitos analistas acreditam que a Broadcom vai sair do acordo com a Qualcomm e identificaram a americana Xilinx e a israelense Mellanox Technologies como seus próximos alvos. A Broadcom não pode ser imediatamente contatada para comentar o assunto.

Embora o acordo da Qualcomm tornaria a Broadcom o fornecedor dominante de chips usados em smartphones e levaria a empresa à dianteira no desenvolvimento da próxima geração de tecnologia móvel conhecida como 5G, a empresa ainda pode fazer uma série de acordos menores para ganhar força.

"Acreditamos que as opções da Broadcom começam com a continuidade das fusões e aquisições amplamente dimensionadas em comunicação", disse o analista Craig Ellis, da B. Riley. "A Broadcom cobiça negócios de alta margem, risco em tecnologia e crescimento moderado com mercado final complementar e exposição a cliente."

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Dois analistas disseram que a Xilinx e a Mellanox seriam boas opções para a Broadcom, embora não tão transformadoras como a Qualcomm. A Xilinx faz chips para comunicação sem fio, enquanto os produtos da Mellanox conectam servidores e sistemas de armazenamento, complementando a carteira da Broadcom.

A Xilinx tem valor de mercado de US$ 20 bilhões; já a israelense vale pouco menos de US$ 4 bilhões. Nenhuma das duas empresas estava imediatamente disponível para comentar.

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