Caixa de som conectada poderá tocar músicas e coordenar dispositivos da casa inteligente
A Apple anunciou nesta terça-feira, 23, que sua caixa de som conectada, o HomePod, finalmente chegará ao mercado. A partir do dia 9 de fevereiro, o produto estará disponível nas lojas da empresa nos Estados Unidos, Reino Unido e Austrália – a pré-venda, diz a Apple, começa já nesta sexta-feira.
Anunciado em junho de 2017, durante a conferência de desenvolvedores da empresa (WWDC), o HomePod vai rivalizar no mercado com Amazon Echo e Google Home e custará US$ 349, bem acima dos rivais – o modelo padrão do Amazon Echo é vendido a US$ 100, enquanto o Google Home sai por US$ 130.
O produto, que pode ser acionado pela voz e executa comandos como tocar música e ajustar o ar condicionado da casa, por exemplo, deveria ter chegado ao mercado em janeiro, segundo a previsão inicial da Apple.
Procurada pelo Estado, a assessoria de imprensa da Apple no Brasil disse que não tem previsão de chegada do produto às lojas do País.
O HomePod é a tentativa da Apple, com ajuda da assistente de voz Siri, de disputar esse mercado, ainda inexistente no Brasil, mas que cresce bastante nos Estados Unidos: segundo dados da Consumer Technology Association (CTA), mais de 27 milhões de dispositivos do tipo foram vendidos no país no ano passado.
Para 2018, a previsão é de que o mercado chegue a 43,6 milhões de unidades vendidas. Hoje, o setor é dominado pelo Amazon Echo, da Amazon: dados de pesquisas independentes nos EUA mostram que a linha da empresa de Jeff Bezos domina cerca de 70% do mercado.
A expectativa da empresa é que o HomePod também ajude o serviço de streaming de música Apple Music a conquistar mais assinantes, uma vez que as caixas de som conectadas rivais (Echo e Home) não conversam com o serviço, mas apenas com o concorrente Spotify.
Os 20 fatos mais importantes da história da Apple
A Apple Computer foi fundada pelos amigos Steve Jobs e Steve Wozniak em 1º de abril de 1976, no ‘Dia da Mentira’. O primeiro computador criado por eles, o Apple I, era baseado em uma placa de circuito. Ele foi apresentado em uma reunião de um clube de entusiastas dos computadores.
O Apple II, primeiro computador pessoal com interface gráfica e gabinete plástico, é revelado pela fabricante em Palo Alto, na Califórnia.
Lançado em janeiro de 1983 por quase US$ 10 mil (o equivalente a US$ 23 mil hoje), o computador Lisa foi o primeiro com uma interface gráfica e um mouse. Ele tinha 1 MB de memória RAM, dois drives de disquete e um disco rígido com capacidade de armazenamento de 5 MB. O nome do computador foi uma homenagem de Jobs a sua filha, Lisa Nicole Brennan.
Projetado por Jef Raskin, o primeiro Macintosh surgiu em janeiro de 1984. O grande destaque da máquina era seu sistema operacional inovador. Diferentemente do MS-DOS, o MacOS 1.0 foi projetado para funcionar com interface gráfica e mouse, o que facilitou a experiência do usuário.
Em maio de 1985, com o desaquecimento das vendas do Macintosh, o conselho de administração da empresa decidiu demitir Steve Jobs.
A Apple lança o Newton Message Pad, seu primeiro dispositivo portátil com tela sensível ao toque. O aparelho já contava com algumas ferramentas disponíveis nos atuais smartphones, como endereço de contatos, calendário e e-mail.
Após registrar perdas de US$ 1,8 bilhão, a Apple volta a contratar Steve Jobs como seu presidente executivo em setembro de 1997.
O primeiro iMac chegou ao mercado em agosto de 1998. O computador revolucionou o design colorido dos computadores, que eram empacotados em gabinetes na cor preta. Ele também foi inovador por agrupar, em uma mesma estrutura, componentes como a CPU, monitor e drive de CD. O conceito do produto foi criado pelo atual vice-presidente da Apple, Jonathan Ive.
O tocador de música portátil iPod foi lançado em 2001 e teve sucesso instantâneo no mercado por sua interface simples para o usuário, centrada no uso de botões dispostos em um formato circular. Era a primeira vez que as pessoas podiam carregar sua biblioteca de músicas digitais por aí.
A empresa inaugura a iTunes Store, loja virtual que possibilitou aos usuários comprar e fazer download de músicas, livros de áudio, filmes e programas de TV online. O modelo representou uma mudança radical no mercado musical, que já sofria com a distribuição de cópias piratas em formato MP3.
Em junho de 2007, a empresa começou a explorar o segmento de celulares com o lançamento do iPhone, que trazia algumas funções do iPod. O smartphone popularizou a utilização de superfícies sensíveis ao toque.
Após o sucesso do iPhone, a Apple criou o iPad, lançando os tablets como um novo segmento de produtos no mercado. O iPad foi apresentado como um dispositivo intermediário, entre o MacBook e o iPhone.
Em janeiro de 2011, Steve Jobs sai pela segunda vez de licença médica para tratar de um câncer no pâncreas diagnosticado em 2004. Poucos meses depois, em agosto, ele deixou o cargo de presidente executivo da Apple.
Steve Jobs faleceu em outubro de 2011, devido a complicações em seu estado de saúde. A morte do executivo ocorreu pouco mais de um mês depois de a Apple anunciar que Tim Cook assumiria a presidência da empresa.
Em meio às dúvidas relacionadas sobre se o futuro da Apple pós-Steve Jobs, a empresa lançou o relógio inteligente Apple Watch em abril de 2015. Com o dispositivo, que chegou ao mercado meses depois de seus principais concorrentes, a companhia trouxe para o pulso dos usuários alguns dos principais recursos do iPhone.
Inaugurada em abril de 2017 na cidade de Cupertino, a nova sede da Apple, chamada de Apple Park foi um projeto que contou com a ajuda de Steve Jobs, antes de sua morte. Com design moderno, o local foi construído para ser ocupado por até 14,2 mil pessoas. A sede custou US$5 bilhões para a empresa.
Em agosto de 2018, a fabricante do iPhone atingiu o valor de mercado de US$ 1 trilhão e se tornou a primeira empresa americana a atingir a marca. O resultado se deve aos bons números do balanço trimestral divulgado pela empresa no final de julho, que mostraram uma alta de 17% na receita, graças às boas vendas do iPhone X -- aparelho mais caro da marca.
Em 25 de março, a empresa finalmente revelou estar produzindo conteúdo para o seu serviço de streaming, o Apple TV+. A Apple alistou diversas celebridades, comediantes e apresentadores para falar do novo serviço de streaming: Steven Spielberg, Reese Witherspoon, Jennifer Aniston, Steve Carell e Oprah Winfrey. Todos eles terão programas na nova platforma, que ainda não tem data de lançamento.
Responsável por criar projetos icônicos, como o do iPod, do iPhone e do iMac, o inglês Sir Jonathan Ive deixou a Apple em junho de 2019. Ele era considerado por Steve Jobs como "a pessoa com maior poder operacional dentro da Apple". Segundo o Wall Street Journal, ele estava insatisfeito com os rumos dados por Tim Cook à companhia.
Em agosto, a Apple se tornou a primeira empresa americana a alcançar o valor de US$ 2 trilhões. Até meados de março, o valor da Apple estava abaixo de US$ 1 trilhão, após uma queda acentuada no mercado de ações por medo do coronavírus, mas a valorização das ações elevou o capital da empresa. Enquanto a empresa levou 42 anos para chegar ao valor de US$ 1 trilhão, foram necessários apenas dois anos para dobrar o seu valor.